Cofen apresenta experiência no enfrentamento à graduação EaD

Evento, promovido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e pelo Fórum dos Conselhos da Área de Saúde, debate ensino a distância

24.02.2017

Ivone Martini representa o Cofen no Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS).

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) apresentou, nesta sexta-feira (24/2), ações desenvolvidas em defesa do ensino presencial e de qualidade. A experiência foi compartilhadas com os conselhos profissionais da área de Saúde, em evento promovido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e pelo Fórum dos Conselhos da Área de Saúde, que debate o ensino a distância (EaD).

Apresentação de Zilamar Costa, representante do CFF no Fórum, alertou para possíveis mudanças, pelo Ministério da Educação (MEC), do decreto que regulamenta EaD, agravando a crise de qualidade, com credenciamento automático de cursos a distância e liberação de cursos 100% a distância, atendendo interesses de grandes grupos internacionais da educação. Atualmente, a legislação prevê práticas laboratoriais presenciais e estágio.

“Não somos contra a EaD em si, reconhecemos o potencial das tecnologias não presenciais na formação continuada. Mas entendemos que a formação de futuros profissionais de Enfermagem exige conhecimentos teórico-práticos e habilidades relacionais que precisam ser desenvolvidas em contato com pacientes e com a comunidade”, explica a conselheira Orlene Veloso, que apresentou um panorama do ensino de graduação EaD no Brasil. Atualmente, os cursos presenciais admitem carga 20% de disciplinas EaD.

A conselheira destacou a condições precárias da oferta de cursos, constatadas pela operação EaD, realizada pelos conselhos de Enfermagem, atendendo a consulta do Ministério Público Federal.  Sem laboratórios, biblioteca ou condições mínimas de apoio, a maioria dos polos de apoio presencial dos cursos EaD não oferece sequer condições para a prática de estágio supervisionado.

Conselheira federal Orlene Veloso apresentou experiência do Cofen na defesa do ensino presencial e de qualidade

Mobilização Nacional – O Sistema Cofen/Conselhos Regionais lidera mobilização nacional pelo ensino presencial e de qualidade, com realização de audiências públicas em todo o Brasil. Em articulação com o Cofen, o deputado Orlando Silva (PC do B – SP) propôs o Projeto de Lei 2891/2015 proíbe a graduação enfermeiros e a formação de técnicos de técnicos de Enfermagem por EaD.

A expansão da EaD enfrenta também, ainda, a oposição do Conselho Nacional de Saúde que manifestou, na Resolução 515/2016, posicionamento contrário à “autorização de todo e qualquer curso de graduação da área da saúde, ministrado totalmente na modalidade Educação a Distância (EaD)”. Decreto publicado em maio incluiu a Enfermagem entre os cursos para os quais é imprescindível a autorização do Ministério da Educação, após prévia manifestação do Conselho Nacional de Saúde.

“É fundamental a mobilização dos conselhos profissionais de Saúde para garantir a qualidade de formação”, afirmou a conselheira Orlene, que apresentou algumas vitórias alcançadas pela Enfermagem. A oferta de vagas de graduação EaD em Enfermagem, que chegou a 106.930, reduziu-se para 24.950 em outubro 2016.

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