Ministério da Saúde lança nota sobre alimentação de bebês em situações de emergência e calamidade

Nota técnica 56/2024 reforça a importância do apoio à amamentação e traz diretrizes para alimentação complementar saudável em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais

24.06.2024

Nota orienta estados e municípios em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais

O Ministério da Saúde divulgou nota técnica conjunta sobre a alimentação de crianças menores de 2 anos, orientando estados e municípios sobre a importância do apoio à amamentação e à alimentação complementar saudável em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais, que agravam a insegurança alimentar.

Evidências robustas demonstram que o leite humano é rico em imunoglobulinas e fatores que protegem a criança de infecções, pneumonia, diarreias, doenças crônicas no futuro, além de contribuir para o desenvolvimento integral da criança e formação de vínculos afetivos. “A amamentação impacta positivamente na prevenção de doenças e é a única ação que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis”, reforça a nota técnica, divulgada na terça-feira, 18/6.

A nota recomenda que sejam acionados as equipes do Sistema Único de Saúde  qualificadas para proteger, promover e apoiar a amamentação. “É papel desses profissionais zelarem para que os direitos humanos das crianças não sejam violados”, afirma o documento.

“A amamentação é fundamental para a manutenção da Saúde da criança, trazendo segurança nutricional e conforto afetivo em situações de extremo estresse. É dever dos profissionais de Enfermagem promover condições para que ela continue ocorrendo, acolhendo a lactante, orientando sobre extração manual e priorizando a assistência ao binômio mãe-bebê”, afirma a enfermeira Ivone Amazonas, da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança.

Crianças maiores de seis meses devem manter a amamentação junto com a ingestão de alimentos adequados e água potável. De acordo com o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos, a criança pode se alimentar dos mesmos alimentos e preparações de sua família, desde que não haja a oferta de alimentos e bebidas ultraprocessados.

Confira as principais orientações:

  • Oferecer apoio de profissionais de saúde em caso de dificuldades com a amamentação
  • Devido à situação de estresse e/ou trauma, o acolhimento e apoio psicológico também podem ser benéficos para as mulheres manterem a amamentação e o cuidado com as crianças durante e após o período mais crítico
  • Garantir que a amamentação possa ocorrer sem constrangimentoto ou restrição em espaços coletivos, públicos ou privados. Caso seja possível, disponibilizar um lugar que permita mais privacidade para lactantes que desejam amamentar de forma reservada
  • Quando houver necessidade de resgate de pessoas para retirada de áreas de risco, sempre que possível, resgatar a criança e a mãe conjuntamente, especialmente se a criança for menor de 2 anos de idade
  • Não se recomenda a prática da amamentação cruzada, ou seja, quando a criança é amamentada por outra pessoa que não sua mãe, devido ao risco de transmissão de doenças.
  • Em caso de lactantes que estejam separadas dos seus filhos, estimular a extração manual do seu leite de 6 a 8 vezes em 24h para a manutenção da produção de leite materno. Nas ocasiões em que essa extração não for realizada em condições adequadas e não haja como armazenar o leite materno adequadamente, o leite deverá ser descartado
  • Quando houver interrupção da amamentação, deve-se avaliar a possibilidade de relactação com o apoio de um profissional de saúde devidamente qualificado.Para crianças hospitalizadas que estão sendo amamentadas, é fundamental garantir a presença da lactante, salvo em situações em que não possa estar presente. Nesse caso, deve-se garantir o direito da criança ter outro acompanhante, preferencialmente um familiar
  • Garantir que nas missões de resgate, salvamento e assistência, as lactentes trabalhadoras tenham tempo de pausa suficiente para amamentar seus filhos ou extrair seu leite.
  • Crianças maiores de seis meses devem manter a amamentação junto com a ingestão de alimentos adequados e saudáveis e água potável
  • Deve-se estimular a doação de leite humano aos Bancos de Leite Humano em funcionamento
  • É fundamental que os alimentos sejam armazenados em condições higiênicosanitárias adequadas
  • Sempre que possível, buscar informações se a criança possui alguma alergia ou intolerância alimentar ou outra condição que exija cuidados específicos para a alimentação

Fonte: Ascom/Cofen, com informações do Ministério da Saúde

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