23º CBCENF debate a representatividade política da Enfermagem

Debate contou com a participação da deputada Carmen Zannoto e da presidente do Coren-CE Ana Paula Brandão

29.09.2021

Debate contou com a participação da deputada Carmen Zanotto

No ano em que os olhos da Enfermagem se voltam para as casas legislativas na busca de apoio para a aprovação de pautas históricas da categoria, o 23º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) traz, novamente, a discussão acerca da representatividade política da classe. Moderada pelo conselheiro federal Gilney Guerra, a sessão de debates “Enfermagem nos espaços políticos: visibilidade da profissão” contou com a participação da deputada Federal Carmen Zanotto (Cidadania/ SC), e da presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) e vereadora de Fortaleza pelo PDT, Ana Paula Brandão.

Do seu gabinete, em Brasília, a única enfermeira a ocupar uma vaga das 513 vagas de deputados federais, Carmen Zanotto participou de modo remoto do evento e relatou as dificuldades encontradas na tramitação de projetos que versam sobre necessidades urgentes da categoria, como a criação de um piso salarial e a fixação de uma jornada de trabalho em 30 horas semanais. “Há anos tentamos caminhar com a tramitação destes projetos, já o vimos quase entrar em pauta, mas, infelizmente, sou sozinha na Câmara dos Deputados. Sonho com o dia em que possamos ter uma bancada da Enfermagem e, assim, conquistarmos o respeito merecido”, revelou a deputada ao lamentar a desvalorização dos profissionais mesmo em períodos pandêmicos. “Ganhamos palmas e visibilidade, mas, ainda assim, não conseguimos sequer o cumprimento da lei 1826/2020 que prevê o pagamento de indenização aos profissionais de saúde incapacitados pela Covid-19. O Governo Federal ainda não está pagando as indenizações aos profissionais da Enfermagem”, denunciou Zanotto.

Uma entre os 1.069 vereadores da Enfermagem eleitos no último pleito, Ana Paula Brandão acredita que 2022 será o ano da Enfermagem na política. “Nós avançamos nas casas legislativas municipais e isso é muito bom. Mas, precisamos de um despertar político que coloque o máximo de representantes da enfermagem no Congresso Federal. É lá onde estão engavetados os projetos que a nossa classe tanto necessita e merece. Nós não podemos mais esperar”.

A presidente do Coren-CE afirma, ainda, que o novo formato de candidaturas coletivas já é uma realidade e pode ser um mecanismo válido para a chegada da Enfermagem ao parlamento. “O momento é de união para a conquista dos nossos ideais. Se juntos temos mais possibilidades de conquistarmos as vagas, que façamos grupos em todos os estados e lancemos candidaturas coletivas para a Enfermagem. Tenho pesquisado sobre esses mandatos, verificado as experiências e acredito que este será o caminho para que nós não mais deixemos a deputada Carmen sozinha nas nossas defesas”, finalizou Brandão.

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