25º CBCENF reforça importância da Enfermagem em espaços políticos

Objetivo é traçar estratégias de valorização da classe e de defesa do SUS

25.10.2023

O debate reforçou a importância da Enfermagem em discussões políticas

A presença da Enfermagem nos espaços políticos brasileiros foi tema de debate durante o segundo dia do 25º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), que acontece em João Pessoa.

Moderada pelo conselheiro federal Gilney Guerra, a mesa “Como fortalecer a formação e participação política da Enfermagem brasileira?” contou com a presença da suplente de deputada federal Rejane Almeida (PCdoB/RJ), da deputada federal e presidente do Coren-CE, Ana Paula Brandão (PDT/CE), do deputado federal e presidente do Coren-MG, Bruno Farias (Avante/MG), do deputado estadual e presidente do Coren-PE, Gilmar Júnior (PV/PE), e do deputado distrital Jorge Viana (PSD/DF).

Uma das primeiras representantes da Enfermagem a assumir função parlamentar, ocupando assento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por três mandatos consecutivos, a enfermeira Rejane Almeida defendeu o fortalecimento do projeto de participação política da Enfermagem. A palestrante reforçou a importância de mandatos que tenham compromisso com a classe e com os eixos propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento sustentável, pelo fim da pobreza e pela proteção do meio ambiente.

“O sistema começou a politizar-se e tem feito isso da melhor forma. Debates como este são fundamentais para que possamos prosseguir articulados em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS)” pontuou o deputado Bruno Farias. Concordando com o parlamentar, Rejane reconheceu os esforços do Sistema Cofen/ Conselhos Regionais de Enfermagem em articular a aprovação de projetos de leis fundamentais para a categoria. “Só a formação política sólida levará a Enfermagem ao futuro”

O protagonismo da categoria em decisões políticas garante a melhora efetiva da assistência

Defensora dos movimentos de organização social da categoria a presidente do Coren cearense, Ana Paula Brandão, fundou a Associação dos Enfermeiros do Ceará (ASSEC) e pautou as estratégias de valorização da classe no estado. A atuação, segundo ela, garantiu visibilidade para as causas sensíveis da assistência.

Ana Paula Brandão resgatou sua trajetória pública durante sua participação no 25º CBCENF para enfatizar a sua tese: “a gente não chega na política sem antes conquistar a liderança”. A parlamentar lista o senso de coletividade, a maturidade e o respeito como requisitos indispensáveis aos profissionais que pretendem disputar o processo eleitoral de 2024.

Gilmar Júnior, que tornou-se deputado estadual no último pleito, acredita que a Enfermagem precisa ingressar nas esferas do poder para reformular as perspectivas de futuro da profissão, mas, sobretudo, da própria política brasileira. “Como profissionais de Enfermagem estamos em campo todos os dias escutando problemas e questões éticas da classe. Sabemos que a política é muito associada à corrupção, mas entrar nesses espaços e provar que pode ser diferente, que existem exceções, também é uma missão nossa que estamos chegando para representar essa classe extremamente trabalhadora”, argumentou Gilmar Júnior.

Várias conquistas históricas da categoria são advindas da atuação política

Veterano, já em seu segundo mandato como deputado distrital, o técnico de Enfermagem e enfermeiro Jorge Viana salientou que a presença e a produção legislativa são as formas mais viáveis de promover melhorias efetivas para os trabalhadores da classe. “Foi como deputado que pude contribuir para a qualidade de vida dos meus companheiros de profissão. A lei que assegura a meia-entrada cultural para os profissionais de Enfermagem do Distrito Federal é apenas um exemplo de tudo que estamos construindo como enfermeiros parlamentares”, afirmou.

Conquistas –  A articulação e a atuação política da Enfermagem ao longo dos últimos anos já renderam avanços importantes no processo de valorização da classe, como a aprovação da Lei 14.434/22 que fixa o Piso Salarial Nacional da Enfermagem.

“Porém, esses foram apenas os primeiro passos. Ainda temos que garantir a redução da jornada de trabalho para 30h semanais, aposentadoria especial, mecanismos de controle da qualidade do ensino e tantas outras pautas que somente nós profissionais de Enfermagem conhecemos, daí a necessidade de estarmos nos espaços de tomada de decisões”, finalizou Ana Paula Brandão.

Fonte: Ascom - Cofen

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