3º dia do XII Senafis destaca liderança e fiscalização na urgência e emergência

Participantes do seminário acompanharam o debate de temas necessários para a eficiência do processo fiscalizatório

18.03.2022

Coordenador da CONUE, Eduardo Fernando de Souza apresentou realidade da Urgência e Emergência no Brasil

O terceiro dia do XII Seminário de Fiscalização dos Conselhos de Enfermagem (Senafis) foi destinado à abordagem de temas necessários para a eficiência do processo fiscalizatório. Entre mesas redondas e palestras, na quinta-feira (17/3), os fiscais puderam acompanhar assuntos relativos ao trabalho em equipe, liderança, pandemia e fiscalização na urgência e emergência.

Pela manhã, Eduardo Fernando de Souza, coordenador da Comissão Nacional de Urgência e Emergência, (CONUE), apresentou a palestra “Normatização do Cofen sobre a Assistência de Enfermagem no âmbito da Urgência e Emergência” e evidenciou a necessidade de ser rediscutido o Atendimento Pré-Hospitalar Móvel a nível nacional. “A realidade atual demonstra grandes vazios assistenciais para o atendimento ao paciente crítico. A Rede SAMU 192, maior serviço de atendimento às Urgências e Emergências do país, possui apenas 614 Unidades Terrestres de Suporte Avançado (UTI Móvel), sendo a equipe de maior resolutividade e menor capilaridade para atender pouco mais de 3 mil municípios brasileiros. Já as unidades de Suporte Básico, caracterizadas por possuírem menor resolutividade e alta capilaridade, estão presentes em todo território nacional“, destacou o coordenador.

“Com o intuito de regulamentar a assistência de Enfermagem e aumentar a qualidade dos serviços prestados aos pacientes graves, foram criadas pelo CONUE e aprovadas pelo plenário do Cofen onze resoluções que normatizam a assistência da profissão no âmbito da urgência e emergência. Entre elas, destaco a Resolução 655/2020, além da recente e histórica Resolução 688/2022, que reconhece a modalidade de Suporte Intermediário de Vida no país, incorporando as prerrogativas e competências do enfermeiro junto ao técnico de Enfermagem no atendimento pré-hospitalar”, complementou.

Em seguida, o professor Fabrizio Rosso ministrou a palestra “Liderança em 5 Atos: Comunicação, Processos e Conflitos”. Para o especialista em gestão, os fiscais devem buscar, a partir do trabalho diário, desenvolver as competências da comunicação, da otimização de processos, da adaptabilidade, da resolução de conflitos e da produção de feedbacks eficientes. “A eficácia na fiscalização exige dos enfermeiros fiscais comportamentos específicos de um líder. Dentro das mais variadas formas de atuação fiscalizatória, é possível exercer a liderança e assegurar um trabalho assertivo, engajado e cooperativo”, argumentou.

Heloisa Helena, chefe do DFEP, participou de mesa redonda sobre o diagnóstico da fiscalização do sistema

Pela tarde, o presidente do Conselho Regional do Amazonas (Coren-AM), Sandro da Silva, o  coordenador da Câmara Técnica de Fiscalização (CTFIS), Walkírio Almeida e a chefe do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional (DFEP), Heloísa Helena, comandaram a mesa redonda “Diagnóstico da Fiscalização do Sistema Cofen/Conselhos Regionais em tempos de pandemia”. As lideranças apresentaram as ações realizadas no combate ao novo coronavírus e a realidade da atuação fiscalizatória nos anos de 2020 e 2021. 

“Tão logo surgiu a pandemia se observou a dedicação dos profissionais de Enfermagem, recebemos aplausos e a designação de heróis. Porém, através do nosso trabalho, e principalmente por meio da coragem e da resiliência que emanou das determinações dos Conselhos de Enfermagem e da ação na ponta dos enfermeiros fiscais, o nosso país conheceu, para além do heroísmo e da necessidade das palmas, a realidade de atuação da nossa categoria.”, afirmou Heloísa Helena.

Pedro Aihara compartilhou experiências pessoais no resgate às vítimas de Bumadinho

No fim do dia, o tenente do Corpo de Bombeiros Pedro Aihara realizou a palestra “Trabalho em equipe, Disciplina e Liderança”. No âmbito da fiscalização, o trabalho integrado das equipes é primordial para assegurar uma assistência de Enfermagem efetiva à sociedade e ofertar suporte necessário aos profissionais da categoria.

Para o tenente, a atuação em equipe não deve ser reduzida apenas ao trabalho dentro dos grupos de fiscalização. Ele precisa se estender para toda a categoria. “É necessário entender que cada um dos problemas verbalizados pelos profissionais de Enfermagem são também os problemas de vocês. É necessário que os fiscais estejam conectados às dificuldades dos seus colegas, independente do cargo que eles ocupem”, disse.

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