Em reunião, Cofen e INEM Portugal debatem Suporte Intermediário de Vida

Expectativa é de que encontro subsidie a construção de novos marcos regulatórios para a Enfermagem na área da urgência e emergência

25.08.2022

Conue e INEM Portugal

Representantes da Comissão Nacional de Urgência e Emergência do Conselho Federal de Enfermagem (Conue/Cofen) e do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) realizaram, nesta terça-feira (23/8), a primeira reunião de alinhamento técnico sobre o Suporte Intermediário de Vida (SIV). O encontro teve como objetivo o compartilhamento de experiências e condutas assistenciais sobre o modelo de Assistência Pré-Hospitalar (APH) adotado no país europeu há 15 anos.

Segundo o coordenador da Conue, Eduardo Fernando de Souza, a integração e a troca de realidades entre Brasil e Portugal vai subsidiar novos marcos regulatórios para a Enfermagem de urgência e emergência brasileira. “Este encontro contribuirá para a melhoria na qualidade da assistência direta ao paciente crítico. Esperamos colher bons frutos com a produção de novas diretrizes que contribuam para a qualificação da assistência realizada pelos nossos profissionais na área”, afirmou.

Em fevereiro, o plenário do Cofen normatizou o Suporte Intermediário de Vida através da Resolução 688/2022. O reconhecimento da SIV, fruto de amplo trabalho desenvolvido pelo Cofen, visa preencher lacunas de assistência existentes entre os serviços básico e avançado, oferecendo maior resposta aos pacientes críticos e conferindo maior autonomia aos enfermeiros e técnicos de Enfermagem que atuam na APH.

“A reunião entre os representantes da Conue e do INEM representa um marco histórico que permitirá a troca de conhecimento entre Portugal e o Brasil no âmbito do sistema de emergência extra-hospitalar, trazendo efeitos positivos diretos para a rede de SIV”, frisou Pedro Vasconcelos, enfermeiro do INEM.

De acordo com a resolução que reconhece a SIV no Brasil, as unidades de suporte intermediário devem contar com dois profissionais enfermeiros ou um enfermeiro acompanhado de técnico de Enfermagem, além de condutor de ambulância. A atuação pode ser exercida em unidades tanto de atendimento terrestre, inclusive sobre motos, quanto aquaviárias.

“Este encontro aproximou os dois países e os sistemas de emergência extra-hospitalar. Estamos certos que a troca de experiências vai contribuir para o aprendizado e o crescimento de ambos os lados”, ressaltou Filipa Barros, médica do INEM.

Também participou da reunião Walber Frazão, membro da Conue, além de Rui Campos, diretor de Enfermagem do INEM e João Lourenço, enfermeiro do instituto.

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