Ministério da Saúde se reúne com Cofen e reforça importância da Enfermagem no combate à dengue

Casos graves de dengue triplicam em relação ao ano passado. Acre, Distrito Federal Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Roraima, Rio de Janeiro e Santa Catarina decretaram emergência

22.02.2024

Integrantes do Comitê de Operações de Emergências em Saúde (COES/Cofen) e da Coordenação Geral de Urgência do Ministério da Saúde (CGUrg/MS) se reuniram, nesta quinta-feira (22), para discutir a construção de fluxos assistenciais, competências e atribuições do enfermeiro no enfrentamento da dengue. Os casos graves de dengue quase triplicaram na comparação com o ano passado, segundo boletim do Ministério da Saúde. Desde o início do ano até o último sábado (17), as contaminações graves no país foram 7.575. No mesmo período de 2023, esse número foi de 2.553. Os casos suspeitos saltaram de 165.839 para 688.461.

O Cofen e o Ministério da Saúde irão elaborar uma Nota Técnica estabelecendo as atribuições e competências assistenciais do enfermeiro que poderão ser adotados pelos municípios/estados que decretarem situação de emergência em saúde pública para enfrentamento a dengue.

“Nosso objetivo é colaborar com os estados no enfretamento de emergência sanitária, estabelecendo os parâmetros de atuação no atendimento aos pacientes, desde o acolhimento, estadiamento, consulta, prescrição, solicitação de exames, reavaliação, incluindo a hidratação venosa em pacientes adultos, Grupo C, desde que não possuam comorbidades”, explica o coordenador do COES/Cofen, Eduardo Fernando Souza.

A dengue é uma arbovirose urbana transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti, geralmente autolimitada. Há quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) em circulação do Brasil. A doença não tem medicamento específico, sendo recomendada hidratação, repouso e monitoramento de possíveis sinais de agravamento. Em casos suspeitos de dengue, deve-se evitar uso de antinflamatório.

Vacina – Primeiro país a incluir a vacina contra dengue no calendário vacinal do sistema público, o Brasil enfrenta escassez do imunizante. “Fizemos o recorte de 10 a 14 anos, porque é a faixa etária que mais interna. A empresa não tem uma produção grande da vacina. O Brasil comprou 95% das vacinas disponíveis”, explica a secretária de vigilância em Saúde, enfermeira Ehtel Maciel.

Prevenção – A principal ação de combate a dengue continua sendo o controle do seu vetor, o mosquito aedes aegypti. Vasos com água, pratos, pingadeira, recipiente de degelo de refrigeradores, bebedouros e pequenas fontes ornamentais são potenciais criadouros de mosquito, que tem preferência por água parada e limpa. Caixas d’água e calhas também devem ser monitoradas. Uso de repelentes, telas nas janelas e roupas de manga longa também reduzem o risco de picada.

Sinais e sintomas – A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua
  • vômitos persistentes
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
  • hipotensão postural e/ou lipotímia
  • letargia e/ou irritabilidade
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm
  • sangramento de mucosas
  • aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

Fonte: Ascom-Cofen, com informações do Ministério da Saúde

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