Equipe de Enfermagem reduz lesão por pressão em idosos de 12% para 0,7%

Conjunto de medidas e tecnologias, qualificação da assistência e práticas avançadas são as razões indicadas para o sucesso da equipe

20.03.2024

Rotina dos enfermeiros inclui a avaliação do pacientes que podem facilitar o surgimento das LPs

A equipe de Enfermagem do Hospital Municipal do Idoso de Curitiba diminuiu de 12% para 1,49% a média anual de Lesões por Pressão (LP) na pele de pacientes internados. É a menor taxa desde 2012, quando a unidade foi aberta. Em julho, o índice atingiu o seu nível mais baixo: 0,7%.

Como isso foi feito? De acordo com a enfermeira Adriely Oliveira, que é responsável pelos cuidados com a pele dos pacientes, a constante qualificação da assistência, a implantação de práticas assertivas e seguras, além da aquisição de tecnologias e insumos especiais são os principais fatores.

A rotina dos enfermeiros inclui a avaliação do paciente e de fatores que podem facilitar o surgimento das LPs. Eles registram tudo em prontuário e atuam na correção desses fatores.

“Sabemos que apenas realizar de forma mecânica a troca de posição (decúbito) a cada duas horas é ultrapassado. Precisamos avaliar individualmente cada paciente e incluir práticas efetivas neste intervalo”, conta a enfermeira.

Ela explica que idosos hospitalizados com menor autonomia e mobilidade têm risco aumentado de desenvolver Lesões por Pressão. Elas comprometem a qualidade de vida, causando dor e desconforto. Em casos mais severos, podem ter desfechos fatais.

“Se não tratada adequadamente, a LP pode evoluir, se tornar uma porta de entrada para infecções e outras complicações, e levar a pessoa à morte”, afirma Adriely.

Tecnologia – Pacientes avaliados como “de risco” passam a utilizar um colchão especial de ar automatizado, que permite o ajuste de sua densidade (mais ou menos firme) conforme o peso dos internados e outros fatores clínicos.

Além disso, sua superfície é formada por uma trama alveolar, que infla e esvazia alternadamente a cada 10 minutos, limitando o tempo em que a pele do paciente fica em contato com o colchão.

“Esse modelo é comprovadamente efetivo”, define a enfermeira Adriely. “Alguns hospitais até utilizam o colchão de ar comum, que não pode ser personalizado para cada paciente. Até alivia a pressão, mas não intercala o contato com a pele”, acrescenta.

Treinamento – A padronização da avaliação de risco é frequentemente repassada com a equipe. A equipe de Enfermagem adota a escala de Braden, que se baseia em 6 parâmetros (sensorial, atividade, mobilidade, umidade, nutrição e fricção ou cisalhamento).

“Essa avaliação precisa ser objetiva e entendida de igual maneira por todos da equipe”, ponderou Adriely. A escala foi inserida no prontuário eletrônico para facilitar o relato do profissional. Em cada parâmetro é possível acessar sua descrição, tornando mais precisa a classificação.

 

Fonte: Ascom/Cofen, com informações da Prefeitura de Curitiba

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Federal de Enfermagem

SCLN Qd. 304, Lote 09, Bl. E, Asa Norte, Brasília – DF

61 3329-5800 | FAX 61 3329-5801


Horário de atendimento ao público

De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Contato dos Regionais