Cofen realiza 10º Fórum Permanente de Atenção Primária em Saúde

Encontro trouxe experiências no cuidado de crianças, adolescentes e cuidadores no âmbito nacional e do município do Rio de Janeiro

24.04.2024

Fórum foi realizado na sede do Cofen, em formato hibrido, com transmissão no CofenPlay

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) recebeu nesta terça-feira (23), em sua sede em Brasília, o 10º Fórum Permanente de Atenção Primária em Saúde (APS) e Imunizações. Promovido pela Câmara Técnica de Atenção Básica à Saúde (CTAB/Cofen), o tema desta edição foi o cuidado de crianças, adolescentes e seus cuidadores.

A assessora técnica da Coordenação de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Aline Hennemann, falou sobre como implementa políticas do governo em nível federal. Ela destacou a importância de pensar uma atuação voltada aos territórios mais vulneráveis e citou a região Norte como uma das prioridades.

“A gente pensar todos os dias nos territórios. Em uma rede integral, a gente sabe que precisa pensar nos desafios dos territórios, ver as regiões com maior incidência de mortalidade, maior número de crianças em estado de vulnerabilidade”, explicou.

Ela destacou ainda um número preocupante, que coloca o Brasil no 10º lugar em nascimento de bebês prematuros. O foco das políticas, entre outras preocupações, está a de diminuir a natalidade em condições de vulnerabilidade e a prevenção ao óbito infantil, fetal e materno, além de uma política mais eficiente de aleitamento, que já soma 10 anos.

Definiu que a atenção primária a crianças e adolescentes não pode desconsiderar a dos cuidadores primários – que nem sempre são os pais, nos novos arranjos familiares podem ser os avós. A atenção integral precisa incluir estes familiares, de acordo com seu conceito de uma atenção primária a crianças e adolescentes.

Violência Urbana x Saúde – A apoiadora técnica de Saúde da Criança na Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro, Samira Shaila, trouxe um pouco da sua realidade. De acordo com ela, as mais de 200 equipes de saúde que atuam na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro frequentemente encontram na violência urbana seu maior obstáculo para o trabalho. Mas isso não é motivo para desistir.

“A violência armada é uma grande responsável na quebra do fluxo de consultas. Mas nós atribuímos nosso sucesso a não desistir nunca, não gastamos energia com desculpas. A gente precisa colocar a energia em melhorar o atendimento aos usuários, aprimorar o vínculo com cuidadores e melhorar nossos indicadores e taxas”, declarou Samira.

Ela destacou a importância das buscas ativas, de realizar consultas com frequência mínima de uma por mês em territórios mais vulneráveis “para não perder a criança de vista”. Ela introduziu o conceito de puericultura como uma experiência de sucesso na atenção básica para este público, numa atenção à faixa etária dos 0 aos 16 anos.  

O evento contou com transmissão ao vivo no Cofenplay, onde ainda se encontra disponível para assistir. Foi emitido um certificado para os participantes.

Fonte: Ascom/Cofen

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