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Estudo de enfermeiros brasileiros sobre transplante de fígado é publicado em revista internacional

Descoberta colabora para compreensão de como o controle rígido da glicemia reduz tempo de hospitalização em quem recebeu novo órgão

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04.06.2024

Um estudo de profissionais da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) foi considerado um dos mais relevantes do mundo na área de transplantes em 2023, dentre milhares de trabalhos, e publicado em revista científica internacional. Resultado da tese de doutorado de Ramon Oliveira, com orientação de Vanessa de Brito e a colaboração da enfermeira britânica Judith Tanner, o trabalho investiga como o controle do índice glicêmico em receptores de transplante de fígado pode reduzir o período de hospitalização.

Com o título “Efeitos do Controle Glicêmico Intensivo sobre as infecções do sítio cirúrgico entre receptores de transplante de fígado: um estudo controlado randomizado”, a tese de 2020 foi publicada na revista científica Transplation Proceedings, e citada entre as mais notórias da área  na revista Seminars in Cardiothoracic and Vascular Anesthesia (Seminários em Anestesia  Vascular e Cardiotorácica), que examinou mais de cinco mil estudos publicados mundialmente nas áreas de transplante de pâncreas, transplante de intestino, transplante de rim e transplante de fígado.

“Nosso achado contribui para que seja melhor compreendida a relação entre o controle da glicemia no transplantado e seu tempo de hospitalização, demonstrando que as ações de controle intensivo destes índices melhoram a qualidade de vida do transplantado e diminuem o período de hospitalização, reduzindo custos e demonstrando a importância da Enfermagem neste cenário”, explicou Oliveira.

Para chegar à conclusão, o estudo realizou um ensaio clínico acompanhando 41 pacientes, 20 colocados em um protocolo mais rígido de controle da glicemia e 21 mantidos nos procedimentos padrão. Os pacientes mais rigidamente controlados tiveram redução drástica no seu tempo de internação, para aproximadamente seis dias.

 

Fonte: Ascom/Cofen