As iniquidades na Enfermagem brasileira exigem reparações

A lógica empresarial vem solapando a estrutura da maior política pública do estado brasileiro, criando anômalas estratégias para transformar o piso em teto salarial

10.06.2024

Por Alva Helena Almeida

No período compreendido entre 12 e 20 de maio foi comemorada a Semana de Enfermagem no Brasil. Apesar de ser uma referência para a realização de eventos técnicos científicos para os profissionais da área, há anos vem se conformando como um período de reafirmação das lutas históricas da categoria. Dentre estas lutas, têm destaque a definição do Piso Salarial dos profissionais. Há cerca de um ano, depois de muitas negociações e retrocessos foi sancionada a lei, porém desatrelada da jornada de 30 horas semanais. 

Ao longo deste ano, o que seria o desfrute da sonhada conquista da maior força de trabalho do setor saúde, foi se tornando um verdadeiro pesadelo para muitos profissionais em muitos municípios no país. A lógica empresarial que vem solapando a estrutura da maior política pública do estado brasileiro, mantém-se insensível, indiferente aos ditames da lei, criando anômalas estratégias para negar o piso, transformando-o em teto salarial.

Atrelada a essa lógica forjada, a enfermagem vem sendo submetida a uma avassaladora precarização dos contratos de trabalho, com perda de direitos trabalhistas, até desresponsabilização do empregador em fornecer os equipamentos de proteção individual. Faz parte dessa conjuntura o subdimensionamento do quadros de pessoal dos serviços de saúde, particularmente no setor público, que desde a pandemia, não definiu políticas robustas de reposição de pessoal, e nem oportunizou momentos de respiro, de alguma leveza na dinâmica do trabalho diante nos subsequentes ciclos de adoecimento e envelhecimento da população brasileira nos últimos anos.

Leia a íntegra do artigo na Revista Carta Capital

Fonte: Carta Capital

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