Atuação da Enfermagem não deve perpetuar a inequidade na Diversidade Sexual e de Gênero

Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ marca a luta histórica por direitos e a reafirmação da pluralidade de gêneros e orientações sexuais

28.06.2024

O mundo celebra, neste 28 de junho, a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero. A data marca a luta histórica por direitos e reafirmação do coletivo, muitas vezes invisibilizado e colocado em situação de vulnerabilidade de forma compulsória. 55 anos após a Revolta de Stonewall, quando a comunidade se levantou contra a opressão policial em bares em Nova York, nos Estados Unidos, o 28 de junho se consolida como o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e travestis, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-binárias, dentre outros). 

Barreiras como preconceito, falta de preparo profissional e ausência de políticas adequadas limitam o acesso ao atendimento qualificado. Maior categoria profissional de Saúde, a Enfermagem tem papel crucial para garantir uma assistência inclusiva, promovendo uma escuta qualificada, com acolhimento e abordagem científica. Essa atuação contribui para a superação de estigmas e garantia do direito integral à Saúde.

Desde 2017, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) assegura a possibilidade de uso do nome social aos profissionais de Enfermagem travestis e transexuais em seus registros, carteiras, sistemas e documentos. No país que mais assassina pessoas transgêneros do mundo há mais de uma década, é urgente reconhecer o direito a existência e ao cuidado de um dos segmentos mais vulneráveis da população.

Na prática, é de conhecimento que a dinâmica de atendimento muitas vezes não segue os parâmetros ideais, resultando em processos inadequados. Contudo, a sobrecarga no sistema de Saúde não pode justificar a desassistência ou um atendimento preconceituoso que desconsidere a singularidade dos indivíduos.

A expressão da sexualidade e identidade deve ser entendida como uma dimensão privada e respeitada por sua diversidade, sendo indiscutível que a prática da Enfermagem respeite a individualidade, a inserção cultural e os determinantes sociais da saúde, promovendo a equidade sem qualquer tipo de exclusão.

A luta por direitos e visibilidade continua, e a Enfermagem seguirá como uma aliada nessa jornada.

Brasília, 28 de junho de 2024.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM
CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM

Fonte: Ascom/Cofen - Keven Jordão

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