ATENÇÃO: Utilização de luvas não cirúrgicas oferece riscos à saúde

Venda de luvas importadas gera riscos aos trabalhadores e indústrias nacionais

09.07.2024

Com os altos índices de importação na indústria, a Secretaria de Comércio Exterior recebeu diversos pedidos para investigações relativas à defesa comercial desde o início de 2023. As petições solicitam o exame de práticas desleais de comércio exterior, como o dumping, que é a oferta de um produto no comércio de outro país a preço inferior a seu valor normal.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) se reuniu com a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) e com o proprietário da empresa Targa Medical S.A (Lemgruber), Marco Nicolau, para tratar sobre o processo antidumping relacionado às luvas médicas. 

De acordo com as denúncias, a China aparece em investigação de dumping sobre luvas para procedimentos não cirúrgicos, junto a Malásia e Tailândia. “A indústria brasileira vem sofrendo um ataque do mercado asiático, o qual fomenta a distribuição de produtos carentes de rigor técnico e avaliação de conformidade de qualidade no mercado industrial do Brasil”, pontuou Marco.

O diretor institucional da ABIMO, Márcio Bósio, ressaltou a importância de manter-se alerta para a compra de luvas industriais como se fossem luvas para uso em serviços de saúde. É necessário checar o rótulo e certificar a contenção de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), seguindo o rigor sanitário e resguardando a saúde do trabalhador.

O aumento de denúncias registradas ocorreu ao mesmo tempo em que as importações ganharam força no mercado industrial. O Coeficiente de Importação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) atingiu seu pico em 2023 na série histórica iniciada em 2004. 23,4% dos produtos consumidos internamente tiveram origem no exterior.

O direito antidumping provisório da defesa comercial havia sido aplicado somente uma vez pelo governo brasileiro nos últimos cinco anos, e agora volta a ser utilizado para proteger a indústria de luvas cirúrgicas do país. 

“Precisamos redobrar a atenção na hora de adquirir novos materiais, as luvas importadas não tem registro na ANVISA e isso fica claro na embalagem. O intuito é preservar a saúde do profissional e do paciente, evitando contaminações cruzadas”, concluiu Tatiana Melo, chefe do Departamento de Gestão do Exercício Profissional do Cofen (DGEP).

Fonte: Ascom/Cofen, com informações da CNN

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