Fiocruz alerta para aumento de casos de SRAG em crianças e idosos

Crescimento de casos está associado a diferentes vírus respiratórios, como rinovírus, VSR e Influenza A, com impactos distintos entre faixas etárias

19.08.2024

Sete capitais brasileiras apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Maceió (AL), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC)

O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em 16 de agosto, aponta um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em São Paulo e na Bahia, com destaque para a faixa etária de crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos. A análise também revela um crescimento dos casos de SRAG por Covid-19 entre idosos nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

De acordo com o estudo, baseado nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até a Semana Epidemiológica (SE) 32, que vai até 10 de agosto, a mortalidade nas semanas recentes entre a população de 5 a 64 anos tem sido predominantemente causada pelo vírus Influenza A.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), explicou que, na Bahia, o aumento dos casos de SRAG parece estar relacionado ao rinovírus. Em São Paulo, embora ainda não seja possível confirmar essa associação, a faixa etária afetada e o contexto epidemiológico sugerem que o rinovírus também esteja contribuindo para o aumento de casos no estado.

Em nível nacional, o boletim destaca uma queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e um aumento na de curto prazo (últimas três semanas) dos casos de SRAG. A redução no número total de casos se deve, principalmente, à diminuição ou estabilização das SRAG causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e pela influenza A em grande parte do país.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 18,7% para influenza A, 1,8% para influenza B, 27% para VSR e 16% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência foi de 31,2% para influenza A, 2% para influenza B, 9,3% para VSR e 34,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19)

O VSR permanece como a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos, embora apresente uma tendência de queda nas últimas semanas. Outro vírus com impacto significativo em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus, que continua a contribuir para os casos de SRAG.

A Fiocruz também destacou que, em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, onde houve aumento dos casos de influenza A entre os idosos nas últimas semanas, já é possível observar uma interrupção nesse crescimento. Além disso, o número de casos de SRAG por VSR, que afeta principalmente crianças pequenas, tem diminuído na maioria do território nacional.

Nas últimas oito semanas epidemiológicas, a incidência e mortalidade de SRAG se mantêm mais impactantes nos extremos das faixas etárias. Em crianças de até dois anos, o VSR continua a ser o principal responsável pela alta incidência, seguido pelo rinovírus. Entre os idosos a partir de 65 anos, os vírus Influenza A e Covid-19 continuam sendo os maiores responsáveis pela mortalidade.

Fonte: Fiocruz (editada)

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