Cofen e Ministério da Saúde discutem protocolo para consulta de Enfermagem em Puericultura

Sonia Venâncio apresentou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e propôs parceria para capacitação

27.09.2024

A consulta de Enfermagem pode contribuir para a redução da mortalidade infantil, ampliando a cobertura e resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS). Em visita ao Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), nesta quarta, 25/9, a coordenadora de Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens (CGCRIAJ/DGCI/SAPS/MS), Sonia Venâncio, apresentou ao plenário a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e propôs a criação de Grupo de Trabalho para a construção de um protocolo de consulta de Enfermagem em Puericultura.

“É uma parceria fundamental para qualificar a assistência à criança”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri. A criação do GT composto por integrantes do Ministério e da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen foi aceita pelo presidente, que propôs a ampliação do diálogo para a futura construção de instrumentos de Atenção à Saúde do Adolescente.

Coordenadora de Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venâncio

A PNAISC define eixos de cuidado integral da gestação aos nove anos, com especial atenção à primeira infância e às populações mais vulneráveis. “A mortalidade infantil no Brasil apresenta imensas desigualdades regionais e de raça”, destacou Sonia, que destacou ainda o impacto desses determinantes na gravidez e parto. Lançada neste mês pelo governo federal, a Rede Alyne, que reestrutura a Rede Cegonha, prevê a destinação de recursos para reduzir o impacto das desigualdades. 

“Intervenções preventivas são mais eficazes  que remediação tardia”, destacou Sônia, comemorando a retomada da distribuição da Caderneta da Criança. A caderneta, que teve a impressão e distribuição suspensas durante a pandemia, inclui orientações às famílias e instrumentos de vigilância para os profissionais de Saúde. A nova edição permite anotações da assistência social e educação, além de ampliar os instrumentos de triagem, para detecção precoce de condições como o autismo.

Sonia destacou o papel da Enfermagem na redução da mortalidade infantil, tanto como principais agentes na promoção do aleitamento materno — que reduz em até 13% a mortalidade infantil — como no atendimento e ordenamento da rede de assistência. A coordenadora destacou importância do enfermeiro na  estratégia Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Primeira Infância (AIDPI). A estratégia se alicerça em três pilares básicos:  a capacitação de recursos humanos na APS, com identificação de riscos e previsão de condutas; reorganização dos serviços de saúde, na perspectiva da AIDPI; e a educação em saúde na família e na comunidade.

Ivone Amazonas, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança

“O principal resultado que buscamos na assistência à criança é a redução da mortalidade infantil. E, com a AIDIPI, os efeitos são imediatos, não é algo que se observa apenas após meses ou anos”, afirmou a coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança, Ivone Amazonas, que compartilhou a experiência em territórios indígenas. “Tivemos uma redução de 60% na mortalidade”, relatou.

Parceria com Ministério da Saúde vai oferecer cursos no CofenPlay

Sonia Venancio propôs, ainda, parceria para disponibilizar cursos de atualização na multiplataforma CofenPlay. A proposta foi recebida com entusiasmo pelos conselheiros federais. A previsão é que os primeiros cursos estejam na plataforma já em outubro. Cuidados ao Nascimento, Método Canguru, a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), e o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos estão entre os temas previstos.

 

Fonte: Ascom/Cofen

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