Atuação da Enfermagem na Força Nacional do SUS fortalece ações de repatriados do Líbano

Enfermagem está na linha de frente, oferecendo não apenas cuidados técnicos, mas também acolhimento, empatia e suporte emocional aos cidadãos em situação de vulnerabilidade

08.10.2024

Grupo de profissionais de saúde
Foto: Rafael Nascimento/MS

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) tem desempenhado um papel fundamental em missões humanitárias, executando medidas de prevenção, assistência e resposta a situações epidemiológicas, de desastres e de desassistência à população. Atualmente, a força atua na repatriação de brasileiros em situações de vulnerabilidade, como as que ocorreram recentemente no Líbano. A ação do Ministério da Saúde é realizada em parceria com o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (DESMAD).

Para garantir um acolhimento adequado, a Força Nacional do SUS mobilizou uma equipe multidisciplinar composta por 15 profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, que receberam orientações sobre os aspectos culturais do Líbano.

Dentro desse contexto, a Enfermagem desempenha um papel central, responsável por uma série de procedimentos que garantem tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional dos repatriados. Os enfermeiros realizam triagens iniciais para avaliar as condições física e psicológica, coletando informações sobre o histórico de saúde e identificando necessidades específicas. Eles são fundamentais para detectar condições como desidratação, desnutrição, ferimentos e doenças que necessitam de tratamento, uma vez que muitos repatriados enfrentaram situações extremas que podem comprometer sua saúde.

Equipe da Força Nacional do SUS

Silvia Neri, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção Primária à Saúde do Cofen (CTAPS), ressalta que a Força Nacional do SUS é uma resposta necessária e urgente às demandas emergenciais que o país enfrenta, enfatizando a importância da atuação da Enfermagem nesse contexto. “Nossos profissionais estão na linha de frente, oferecendo não apenas cuidados técnicos, mas também acolhimento, empatia e suporte emocional aos cidadãos em situação de vulnerabilidade. A atuação deles vai muito além da realização de procedimentos; trata-se de estar presente, ouvir e entender as necessidades de cada indivíduo”, destaca.

Jamele Dargham, 73 anos, comerciante aposentada, é uma das pessoas que voltaram para o Brasil fugindo dos bombardeios. “Fui atendida, mediram minha pressão e felizmente está tudo bem comigo”, disse a idosa depois de ser atendida pelos voluntários da Força Nacional do SUS.

Dois homens e uma criança
Foto: Rafael Nascimento/MS

Além dos cuidados clínicos, os enfermeiros também oferecem suporte emocional, proporcionando conforto e orientação para lidar com o estresse e a ansiedade que podem surgir após experiências traumáticas. Eles são responsáveis por encaminhar os repatriados para serviços de saúde adequados, incluindo consultas com especialistas e acompanhamento psicológico. Essa atuação não se limita às intervenções imediatas; envolve um acompanhamento contínuo, assegurando que todos os repatriados tenham acesso ao cuidado necessário, respeitando suas individualidades e promovendo um retorno seguro ao Brasil.

O estudante Karim Halawi, de 21 anos, foi um dos brasileiros recepcionados. Ele afirmou que é bom se sentir seguro novamente, diante das cenas de guerra que presenciou: “Estamos vivos, graças a Deus, o medo passou”.

O governo brasileiro estabelece a meta de repatriar cerca de 500 pessoas por semana, priorizando grupos vulneráveis, incluindo idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas específicas. No total, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano, e aproximadamente 3 mil já buscaram a Embaixada em Beirute para solicitar o retorno ao Brasil.

Fonte: Ascom/Cofen

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