OMS certifica Brasil pela eliminação do sarampo e rubéola

Vigilância precisa ser permanente. Sarampo havia sido eliminado em 2016, mas ressurgiu no país em 2019 em meio a queda da cobertura vacinal

14.11.2024

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe certificação, entregue pelo diretor da OPAS/OMS

O Brasil está livre do sarampo, rubéola e da síndrome de rubéola congênita, que pode causar abortamento e malformações congênitas como diabetes, catarata, glaucoma e surdez. Acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, o presidente Lula da Silva recebeu, nesta terça, 12/11, certificado de eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no Brasil. A certificação foi entregue pelo diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Américas, Jarbas Barbosa.

O sarampo é uma doença potencialmente grave e altamente contagiosa, causada por um vírus da família paramyxorividae. Antes da introdução da vacina, em 1963, epidemias de sarampo chegaram a causar até 2,6 milhões de mortes ao ano.  A doença continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas no mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz. Aproximadamente 110 mil pessoas morreram por sarampo em 2017 – a maioria crianças com menos de cinco anos.  De 2000 a 2017, a vacinação contra o sarampo evitou aproximadamente 21,1 milhões de mortes, segundo dados da OPAS/OMS.

Vigilância precisa ser permanente

A certificação já havia conquistada em 2016, graças  às vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas a doença ressurgiu em 2019, diante da queda da cobertura incentivada pelo movimento antivacinação. O sarampo matou 40 crianças entre 2018 e 2022 em meio ao desmonte do Programa Nacional de Imunização (PNI), que ficou mais de sete meses sem coordenação entre 2021 e 2022.

Fake news causaram o renascimento do sarampo nos países desenvolvidos

O marco da desconfiança internacional sobre vacinas, que ainda reverbera nos dias atuais, aconteceu em 1998, quando o médico Andrew Wakefield apresentou uma pesquisa preliminar, posteriormente despublicada pela revista Lancet, associando a tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, ao autismo. Ao analisar o estudo, em 2004, foi constatada fraude nos dados e o conflito de interesses do próprio médico. Difundir fake news é infração ética. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem podem responder processos éticos em caso de difusão de fake news. 

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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