Em audiência pública no Acre, entidades concordam em somar forças para defender jornada e salários justos para a Enfermagem

Categoria acreana denunciou perseguição e retaliações contra quem cobra direitos e melhores condições de trabalho na região do Juruá

25.11.2024

Daniel Menezes, Manoel Neri, Adailton Cruz e Leonardo Lani de Abreu

Cumprindo o compromisso de se aproximar cada vez mais da categoria em todas as regiões do país, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) realizou mais uma audiência pública com ampla participação popular, desta vez em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, para ouvir as demandas das profissionais, discutir o processo de implementação do piso salarial e abordar o impacto da jornada de trabalho na qualidade de vida dos profissionais de Enfermagem da região do Juruá.

“Temos previsão de R$ 11 bilhões no Orçamento da União para o Piso da Enfermagem em 2025, mas ainda é necessário criar os mecanismos necessários para ter o reajuste anual dos salários e para assegurar jornadas de trabalho mais adequadas e menos exaustivas. Um dos caminhos é a criação de um indexador para os salários baseado na inflação e a aprovação da PEC 19, que aguarda designação de relator no Senado”, disse o presidente do Cofen, Manoel Neri.

A audiência foi realizada em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem do Acre (Coren-AC), que garantiu a ampla divulgação da atividade e a presença maciça da categoria na plateia do Teatro dos Nauás. “A presença do Plenário do Cofen na região do Juruá chama a atenção do país para os problemas que os nossos profissionais de Enfermagem enfrentam para levar a assistência à saúde da população nas condições mais adversas que podem existir. Nunca mais seremos os mesmos”, pontuou o presidente do Coren-AC e deputado estadual Adailton Cruz.

Presentes, o Sindicato dos Profissionais Técnicos e Auxiliares e dos Enfermeiros do Acre (Spate-AC), o Sindicato dos Enfermeiros do Acre (SEEAC) e o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) denunciaram perseguições e retaliações aos profissionais que fazem denúncias e cobram melhores condições de trabalho.

“Sozinhos não estamos conseguindo, as entidades precisam se unir cada vez mais. Os salários são baixos, as jornadas são exaustivas e se o profissional reclama, fica pior, é perseguido. Não temos descanso, aqui estamos inaugurando a jornada é 7 por 0”, desabafou a sindicalista Aguinaldo Martins.

O Coren-AC e o Cofen se colocaram à disposição das entidades e da categoria acreana para colaborar com soluções para os problemas apresentados durante a audiência.

“Os Conselhos de Enfermagem mostraram imensa força ao país quando lideraram a aprovação de leis e emendas constitucionais em tempo recorde para colocar o piso da categoria em vigor. Não há mais quem duvide da capacidade de organização e mobilização da ordem profissional quando se trata de lutar por melhores condições de trabalho”, asseverou o superintendente Regional de Trabalho do Acre, Leonardo Lani de Abreu.

Fonte: Ascom/Cofen

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