Cofen participa do Congresso Brasileiro de Enfermagem Neonatal

Nascimento prematuro é a principal causa de mortalidade infantil,

28.11.2024

Mesa de abertura do VI Cobeneo

Começou hoje, 28/11, em São Paulo, a 6ª edição do Congresso Brasileiro de Enfermagem Neonatal (VI Cobeneo). Representando do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) na mesa de abertura, a coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança, Ivone Amazonas, destacou a importância do evento, realizado pela Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica (Abenfo-SP). Interrompido pela pandemia, o congresso retomou neste ano, com apoio com Cofen.

“Em 2023, o Brasil registrou a menor taxa de mortalidade infantil e fetal por causas evitáveis dos últimos 28 anos. A taxa de mortalidade infantil caiu pela metade nos últimos 23 anos, de 28,1 por mil nascidos vivos em 2000 para 12,5 em 2023 “, afirmou Ivone Amazonas, destacando o papel da Enfermagem na redução da mortalidade infantil, por meio da humanização da assistência e atuação pautada em evidências científicas.

A programação do VI Cobeneo aborda novas demandas da especialidade neonatal, com discussões sobre pesquisa, assistência, gestão, educação e empreendedorismo na Enfermagem Neonatal, com a intenção de ampliar a atuação do enfermeiro neonatologista na atualidade, no atendimento ao recém-nascido e sua família da baixa a alta complexidade, pautado em evidências científicas e políticas públicas.

“O evento também facilita a criação de redes de colaboração entre profissionais e instituições, permitindo a formação continuada dos enfermeiros” concluiu Marlise Lima, presidente do Cobeneo e Abenfo SP.

Amamentação é fundamental para redução da mortalidade

Estande do Cofen, com materiais de apoio ao aleitamento

Estande do Cofen no Congresso capacita profissionais para o maneja da amamentação

Integrantes da Câmara Técnica permanecerão durante todo o evento, que se encerra na sexta, 29. A importância da amamentação para o desenvolvimentos dos bebês prematuros é destaque no estande do Cofen, que promove a capacitação dos profissionais no manejo do aleitamento materno. O leite humano é rico em imunoglobulinas e protege o bebê de infecções, pneumonia, diarreias, reduz o risco de futuras doenças crônicas, além de contribuir para o desenvolvimento integral e formação de vínculos afetivos.

No Brasil foram registradas aproximadamente 124 mil mortes no período neonatal entre 2016 e 2022. Cerca de 76% foram de recém-nascidos prematuros falecidos por causas evitáveis, que são classificadas como as que poderiam ser reduzidas com acompanhamento adequado, diagnósticos corretos e medidas de prevenção.

A amamentação pode reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prematuridade: uma epidemia prevenível

O nascimento prematuro é a principal causa de mortalidade infantil, representando um em cada cinco de todos os óbitos antes dos 5 anos de idade. Apenas um em cada dez bebês extremamente prematuros (com menos de 28 semanas) sobrevive em países de baixa renda, em comparação com mais de nove em cada dez em países de alta renda. Além disso, grandes desigualdades relacionadas a raça, etnia, renda e acesso a cuidados de qualidade determinam a probabilidade de nascimento prematuro, morte e incapacidade, mesmo em países de alta renda.

A Enfermagem tem um papel fundamental na assistência e acompanhamento desses bebês, que demandam plano de cuidados individualizados, e também na prevenção de nascimentos prematuros, por meio do pré-natal qualificado. A atuação do enfermeiro no pré-natal e parto contribui não apenas para a melhoria da assistência e controle dos riscos no pré-natal, mas também, de forma específica e direta, para o aumento dos índices de partos normais a termo, com redução das complicações respiratórias associadas à prematuridade.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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