Vacinação protege crianças e gestantes contra a coqueluche

Imunização da gestante confere proteção ao recém-nascido, idade na qual acontecem mais complicações e óbito pela doença

02.12.2024

Bebezinho na clínica de saúde para vacinação. #Coqueluche
Em 2024, foram registrados 13 óbitos por coqueluche no Brasil, todos em crianças menores de um ano de idade.

A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa que pode causar complicações graves, especialmente em crianças menores de seis meses. Inicialmente, os sintomas se assemelham aos de um resfriado comum, com febre baixa, coriza e tosse seca. No entanto, a doença pode evoluir, tornando a tosse mais intensa e provocando vômitos, dificuldade para respirar e, em casos graves, complicações como pneumonia, convulsões e parada respiratória.

Em 2024, foram registrados 13 óbitos por coqueluche no Brasil, todos em crianças menores de um ano de idade. Esse dado reflete a importância de medidas preventivas, como a vacinação, para proteger a população mais vulnerável. A imunização é especialmente importante para gestantes, pois, ao receberem a vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) a partir da 20ª semana de gestação, conferem ao bebê proteção passiva nos primeiros meses de vida. Essa transferência de anticorpos é essencial até que a criança inicie seu próprio esquema vacinal, composto por três doses da vacina penta, administradas aos 2, 4 e 6 meses, e reforços aos 15 meses e 4 anos de idade com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).

A coqueluche apresenta ciclos de aumento de casos a cada cinco anos, o que reforça a importância da vigilância contínua e do fortalecimento das ações de imunização. Embora o Brasil tenha reduzido significativamente o número de casos nos últimos anos, um aumento foi registrado em 2024, com mais de 3.200 casos confirmados até outubro. Destes, 801 foram em adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária em que a imunidade conferida pelas vacinas aplicadas na infância pode estar reduzida. Além disso, todos os óbitos ocorreram em crianças menores de um ano, majoritariamente em filhos de mães que não receberam a vacina durante a gestação.

Os profissionais de Enfermagem desempenham um papel fundamental no combate à coqueluche, seja administrando as vacinas, seja orientando a população sobre a importância de manter o calendário vacinal atualizado. Além disso, esses profissionais atuam na identificação precoce de casos e na educação em saúde, combatendo a desinformação e promovendo a adesão à imunização.

Apesar dos avanços, a cobertura vacinal no Brasil ainda não atinge a meta ideal de 95%, o que reforça a necessidade de esforços contínuos para ampliar o acesso à vacinação e conscientizar a população sobre os benefícios da imunização. Manter a caderneta de vacinação em dia é uma responsabilidade coletiva que protege vidas e contribui para a saúde pública.

A vacinação contra a coqueluche está disponível gratuitamente nos serviços de saúde, sendo uma das medidas mais eficazes para prevenir a doença e reduzir a mortalidade infantil. O trabalho conjunto entre profissionais de saúde e a sociedade é essencial para garantir um futuro mais seguro e saudável para todos.

Fonte: Ministério da Saúde (editada)

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