Apenas 37% dos adolescentes foram vacinados contra dengue após um ano de campanha

Baixa procura e dificuldade de fazer a vacina chegar aos municípios. "É o momento de incentivar a vacinação e identificar oportunidades vacinais", afirma enfermeira Betânia Santos

10.02.2025

Adolescente recebe dose da vacina
Adolescente recebe dose da vacina (Foto: Julia Prado/MS)

Um ano depois do início campanha, vacina contra a dengue somente 37% do público-alvo no Brasil (10-14 anos) recebeu pelo menos uma dose do imunizante. A capacidade produtiva do laboratório, que limita a distribuição aos municípios, e a baixa procura nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) explicam os números, justifica o Ministério da Saúde. Somente metade das 6,5 milhões de doses distribuídas foram aplicadas, até o início do mês, incluindo a primeira e a segunda dose, que precisa ser aplicar após três meses.

Foram registrados 230 mil casos da doença nas primeiras semanas do ano, com 68 mortes confirmadas e 278 em investigação, conforme dados do painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde. A vacina contra a dengue no Programa Nacional de Imunizações é uma estratégia essencial para aumentar a cobertura e prevenir novas epidemias.

“É o momento de incentivar a vacinação e identificar oportunidades vacinais. Já estamos nos aproximando do momento mais agudo da doença”,  afirma a enfermeira Betânia Santos, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção à Saúde do Adolescente, Adulto e Idoso do Cofen. Em 2024, o Brasil enfrentou epidemia de dengue, com 6,6 milhões de casos. Os caso de dengue costumam aumentar a partir de fevereiro, chegando ao ápice entre maio e junho.

Prevenção

Condições climáticas favoráveis, como calor, umidade e chuvas, também facilitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, febre amarela e chikungunya. Em 2024, a dengue expandiu o alcance territorial no Brasil.

A principal forma de prevenção é o combate ao mosquito, eliminando criadouros em água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso. É na água parada que o mosquito deposita seus ovos. Além disso, se recomenda o uso de telas contra mosquitos, roupas de manga longa e repelentes à base de icaridina, sobretudo para gestantes. 

Confira site da campanha Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora, do Ministério da Saúde

 

 

Fonte: Ascom/Cofen, com informações do Ministério da Saúde

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