HOME CARE: POSSIBILIDADE REAL EM SAÚDE

As pessoas geralmente buscam serviços de saúde para fazer diagnósticos, tratamentos, ou ainda para se prevenir de doenças. Buscam, principalmente, uma forma de diminuir a dor e aumentar a qualidade de vida. Há quem faça das visitas aos consultórios médicos uma espécie de apoio psicológico ou uma atividade de rotina. Em contrapartida, também há quem ignore todos os sinais de alerta do próprio corpo e busque tratamento quando não se pode mais falar em cura. A utilização do sistema de saúde pode ser coerente ou não, viável ou não, de boa qualidade ou não.

26.02.2010

As pessoas geralmente buscam serviços de saúde para fazer diagnósticos, tratamentos, ou ainda para se prevenir de doenças. Buscam, principalmente, uma forma de diminuir a dor e aumentar a qualidade de vida. Há quem faça das visitas aos consultórios médicos uma espécie de apoio psicológico ou uma atividade de rotina. Em contrapartida, também há quem ignore todos os sinais de alerta do próprio corpo e busque tratamento quando não se pode mais falar em cura. A utilização do sistema de saúde pode ser coerente ou não, viável ou não, de boa qualidade ou não.

Na última década, o atendimento em saúde passou por tremendas mudanças. O sistema todo vem se beneficiando não apenas com as inovações tecnológicas em termos de equipamentos, mas principalmente com os avanços da indústria farmacêutica, com a acurácia dos diagnósticos e com técnicas minimamente invasivas que abreviam sobremaneira a estada do paciente no ambiente hospitalar. Procedimentos que antes exigiam algumas semanas de convalescença agora requerem apenas alguns dias.

O crescimento demográfico, o acesso da população aos planos de saúde e as mudanças pelas quais vem passando o sistema de Saúde Suplementar brasileiro, exigindo das seguradoras que ampliem cada vez mais suas coberturas, só não descortina um cenário desesperador por causa dos inúmeros avanços que estão acontecendo nas áreas de Ciência e Saúde. Sendo assim, investir em tecnologia de ponta e na modernização da gestão parece ser a única forma de equacionar o problema do atendimento em saúde.

Uma das fortes tendências da atualidade é o sistema de “home care”. Antes, é necessário destacar que não se trata simplesmente de mandar o paciente para casa. A internação domiciliar exige cuidados médicos e a presença de enfermeiros permanentemente na casa do paciente, sendo que qualquer paciente – dependendo do seu grau de dependência – pode fazer uso desse sistema.

O conceito de “home care” surgiu nos Estados Unidos há mais de 60 anos, na época do pós-guerra. Mas foi na década de 1960 que a desospitalização passou a ser levada a sério como solução para a falta de leitos hospitalares e as grandes filas que se formavam diante dos ambulatórios. Hoje em dia, muitos norte-americanos preferem a internação domiciliar. Estudos apontam que a recuperação dentro de um ambiente familiar é consideravelmente mais rápida do que num ambiente hostil, como ainda é considerado por muitos o ambiente hospitalar.

Do ponto de vista das seguradoras e planos de saúde, o sistema de home care é capaz de reduzir custos de tratamento entre 20% e 60%. Sendo assim, é cada vez mais viável se responsabilizar financeiramente pela internação domiciliar. Principalmente no caso de pacientes crônicos e que podem usufruir de uma expectativa de vida elevada com maior qualidade.

Para as famílias dos pacientes, o “home care” oferece um conforto ímpar. Só quem já teve um parente internado por alguns dias num hospital sabe como a rotina familiar fica desestruturada nesse período. A internação domiciliar praticamente não altera a rotina da casa, não cria problemas com deslocamentos nem gera gastos extras com estacionamento e alimentação, por exemplo. Outro ganho é a segurança de contar com profissionais atentos às necessidades do paciente sem que, para isso, ele esteja exposto ao risco de contrair uma infecção hospitalar.

Para os hospitais, o sistema de “home care” ou internação domiciliar é um braço operacional estratégico, otimizando a utilização dos leitos existentes – ou seja, não necessitando de novos investimentos -, além de permitir direcionar melhor as equipes para atendimento de casos agudos. Trata-se de um conceito que deve ser cada vez mais adotado e aperfeiçoado, no sentido de se tornar uma opção viável dentro da Saúde Suplementar.

*Dr. George Schahin é presidente do Hospital Santa Paula, em São Paulo

Fonte: www.saudebusinessweb.com.br

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