MÉDICOS DEVEM MONITORAR BEBÊS E GRÁVIDAS QUE USAM REMÉDIO CONTRA A NOVA GRIPE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou dois alertas orientando os profissionais de saúde a monitorar as pacientes grávidas e crianças menores de um ano que estejam fazendo uso do medicamento fosfato de oseltamivir (Tamiflu), utilizado no tratamento dos casos da gripe causada pelo vírus A (H1N1). A orientação foi adotada como forma de reforçar os cuidados com a segurança dos pacientes, pois ainda não existem dados suficientes sobre o uso deste medicamento que permitem uma avaliação definitiva quanto aos efeitos causados nesses dois tipos de pacientes.

13.08.2009

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou dois alertas orientando os profissionais de saúde a monitorar as pacientes grávidas e crianças menores de um ano que estejam fazendo uso do medicamento fosfato de oseltamivir (Tamiflu), utilizado no tratamento dos casos da gripe causada pelo vírus A (H1N1). A orientação foi adotada como forma de reforçar os cuidados com a segurança dos pacientes, pois ainda não existem dados suficientes sobre o uso deste medicamento que permitem uma avaliação definitiva quanto aos efeitos causados nesses dois tipos de pacientes.

Para os menores do um ano, a Anvisa recomenda que os médicos façam uma avaliação nas primeiras 48 horas e 30 dias após o uso da primeira dose. As mulheres grávidas devem ser avaliadas neste mesmo intervalo e em até 30 dias após o parto. É importante que os profissionais de saúde notifiquem todas as suspeitas de reações adversas ao fosfato de oseltamivir (ou a qualquer medicamento) por meio do sistema Notivisa.

A preocupação da Anvisa já havia gerado um alerta anterior, em julho. Na ocasião, a Agência chamou a atenção de pais e profissionais de saúde para o risco de utilização de medicamentos contendo ácido acetilsalicílico em crianças e adolescentes, em especial, para o alívio dos sintomas associados às infecções virais. De acordo com orientação, o uso destes medicamentos deve ser feito com atenção, principalmente durante o inverno, período no qual os casos de gripe tendem a aumentar. O cuidado vale tanto para os casos de gripe comum como da gripe A H1N1.

Para a Agência Nacional de Vigilância em Saúde, o cuidado se deve ao risco que crianças e adolescentes tem de desenvolver a Síndrome de Reye. Ela pode ocorrer durante a recuperação de uma infecção viral ou pode se desenvolver de 3 a 5 dias após o início da virose. Seus sintomas incluem: vômito recorrente ou persistente, letargia, mudanças de personalidade como irritabilidade ou agressividade, desorientação ou confusão, delírio, convulsões e perda da consciência, exigindo assistência médica imediata.

A causa da doença ainda não é conhecida. Entretanto, estudos demonstraram que o uso de medicamentos que contêm ácido acetilsalicílico no tratamento de doenças virais aumenta o risco de seu desenvolvimento. A restrição já está no Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza publicado pelo Ministério da Saúde.
Veja a íntegra dos alertas: (http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/alerta/index.htm)

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