Sepse mata mais que infarto e câncer de mama e intestino

Profissionais de se reúnem em São Paulo para discutir o tema

16.02.2017

O Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidades por sepse do mundo. Alguns estudos epidemiológicos mostram que os índices brasileiros são maiores do que os de países economicamente semelhantes, como a Argentina.

Nos dias 4 e 5 de maio, o ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse, organizará o XIV Fórum Internacional de Sepse, em São Paulo, no Centro de Convenções Frei Caneca. O encontro reunirá os mais importantes nomes nacionais e internacionais para falar sobre o tema e para apresentar as novas estratégias para a mudança do cenário brasileiro e em outros países. Serão mais de 60 convidados nacionais e seis internacionais.

Sepse no Brasil – A alta taxa de mortalidade e morbidade por sepse em nosso país é devido a uma série de fatores. Acredita-se que o pouco conhecimento da população sobre a doença e a dificuldade dos profissionais de saúde em diagnosticar rapidamente a síndrome sejam razões importantes que devem ser trabalhadas.

Dados de estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), apontam que a taxa de mortalidade em nosso país pode chega a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs brasileiras. Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino.

“A sepse é uma doença cujas características e sintomas são muito inespecíficas e cujo reconhecimento e internação precoces fazem toda a diferença no tratamento, pois as primeiras horas são importantíssimas para o tratamento com antibioticoterapia e reposição volêmica”, explica Luciano Azevedo, presidente do ILAS.

Crianças, idosos e pessoas com sistema imune deficiente, como pacientes com HIV ou com câncer, estão no grupo de maior risco. “A sepse pode começar com uma infecção, como a pneumonia ou uma infecção urinária, que se não tratada adequadamente pode evoluir e levar ao óbito”, esclarece Luciano.

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