Dimensionamento de Enfermagem é tema de oficina voltada para Responsáveis Técnicos

Não é raro ouvir reclamações dos profissionais da área da saúde relacionadas à sobrecarga de trabalho e à quantidade insuficiente de enfermeiros para atender pacientes. Também é comum ouvir pacientes se lamentando por não terem recebido a atenção esperada. O problema existe em todas as regiões do Brasil e a solução pode estar no dimensionamento do quadro de profissionais.

09.11.2010

Não é raro ouvir reclamações dos profissionais da área da saúde relacionadas à sobrecarga de trabalho e à quantidade insuficiente de enfermeiros para atender pacientes. Também é comum ouvir pacientes se lamentando por não terem recebido a atenção esperada. O problema existe em todas as regiões do Brasil e a solução pode estar no dimensionamento do quadro de profissionais.


Atento a esta realidade, e de acordo com sua política voltada para a capacitação de profissionais e para a garantia da qualidade na assistência, o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) promoveu, no último dia 04, um treinamento sobre Dimensionamento de Enfermagem, ministrado pela Dra. Cleide Mazuela, vice-presidente do Coren-SP. O momento ocorreu no auditório da autarquia, com a presença dos enfermeiros Responsáveis Técnicos das unidades de saúde do DF.


A ocasião foi marcada por uma parte teórica e outra prática, quando os participantes tiveram a oportunidade de utilizar fórmulas e cálculos que auxiliam o dimensionamento, e tirar suas dúvidas.


O Dimensionamento de Enfermagem foi instituído na Resolução Cofen 293/2004, que fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – nas unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados, como instrumento de planejamento, controle, regulação e avaliação da assistência prestada, que venha garantir a segurança do paciente.


Segurança do paciente – “A segurança do paciente é um ponto crucial. E temos que garanti-la não só pelo nosso conhecimento técnico e científico, mas também através da qualidade da assistência, que está muito ligada ao dimensionamento”, ressaltou Mazuela. A palestrante explicou ainda que para dimensionar uma equipe de enfermagem da maneira correta é essencial conhecer o caso de cada paciente, saber o tipo de tratamento a ser desenvolvido, e saber a quantidade de horas necessária para atendê-lo no respectivo setor.


Cabe, portanto, ao enfermeiro Responsável Técnico o papel de dimensionar a sua área de atuação e de argumentar junto ao gestor da unidade o quantitativo de profissionais necessário à prestação da Assistência de Enfermagem de qualidade.


“Gostei muito de participar desse curso porque eu tinha muitas dúvidas relacionadas ao dimensionamento. Precisamos mesmo dominar o cálculo para poder apresentar os resultados junto à Secretaria de Saúde e argumentar a necessidade de mudanças”, comentou a enfermeira Maria Bonifácia, RT do Hospital Regional da Ceilândia. “Hoje, por exemplo, há uma sobrecarga devido à pequena quantidade de profissionais de enfermagem, o que compromete a assistência e também prejudica a saúde do próprio enfermeiro”, alertou Bonifácia.


Atenta à importância do dimensionamento, a psicóloga Andere Borges, analista de Recursos Humanos do Hospital Anchieta, fez questão de participar da oficina promovida pelo Coren-DF. “Viemos para saber se nossos setores estão adequados ao que orienta a Resolução, e corrigir o que for necessário”, afirmou a analista, ao explicar que o setor de RH atua na gestão de pessoas em conjunto com os gerentes de enfermagem dos setores.

Fonte:
Coren-DF

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