Em razão desses e de muitos outros benefícios do aleitamento, o Banco de Leite Humano é uma política pública de extrema importância, com reflexos positivos nas áreas da Saúde, Educação, Economia e Social. E a Enfermagem tem atuação vigorosa nos programas de apoio à mulher e aos bebês.

É o caso do Banco de Leite do Hospital da Polícia Militar, em Vitória, que tem como coordenadora a capitã e enfermeira Neusa Salla. O serviço existe há 30 anos e faz, em média, 280 atendimentos mensais, entre atividades internas e externas. Ao todo, sete profissionais de enfermagem integram a equipe do banco de leite.

O suporte oferecido é bem amplo. No local, as mães são acolhidas, auxiliadas e orientadas quanto à pega correta do bebê na mama, e à prevenção de mastite, fungos e complicações que impeçam a mãe de amamentar. Ainda são feitos o controle de qualidade e a pasteurização do leite doado, que depois é fornecido a hospitais para alimentar bebês internados.

As mães doadoras também contam com apoio, orientações e até material para uma coleta segura. São distribuídos máscaras, gorros, vidros e folder explicativo. O leite é recolhido em casa. Outras atividades externas são as palestras e os treinamentos sobre aleitamento materno.

O Banco de Leite Humano do HPM já recebeu o prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes, criado pela Lei Estadual 7.844/2004 em reconhecimento a pessoas ou entidades que se destacam na defesa e afirmação dos direitos humanos, e que lutam e trabalham por justiça, desenvolvimento social e igualdade para todos.

De acordo com a coordenadora do banco de leite, esse resultado só é possível porque existe total envolvimento da equipe, que trabalha sempre com profissionalismo e ética.

“Este ano já posso me aposentar. Mas amo tanto o que eu faço, que até tenho pensado em permanecer na ativa mais tempo”, disse Neusa Salla.