Coren-RN presta homenagem ao Presidente do Cofen

A luta por mudanças no sistema Cofen-Corens e por uma enfermagem cidadã, ética, organizada e respeitada junto às instituições do Estado e da sociedade foram destaque na noite de ontem (30/03), em solenidade realizada no Departamento de Enfermagem da UFRN, quando o presidente do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, Dr. Manoel Carlos Néri, foi homenageado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Norte, Coren-RN.

02.04.2012

A luta por mudanças no sistema Cofen-Corens e por uma enfermagem cidadã, ética, organizada e respeitada junto às instituições do Estado e da sociedade foram destaque na noite de ontem (30/03), em solenidade realizada no Departamento de Enfermagem da UFRN, quando o presidente do Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, Dr. Manoel Carlos Néri, foi homenageado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Norte, Coren-RN.

Em seu discurso a presidente do Coren, Enfª Alzirene Nunes, destacou a importante atuação de Néri a frente do Cofen moralizando a instituição, que vinha de um período intervenções de autoridades policias e judiciárias devido a infrações graves e desvio de enormes quantias de dinheiro, o que culminou com as prisões dos antigos dirigentes.

A conquista da aprovação de um novo código eleitoral também foi lembrada pela presidente do Coren como uma das principais ações políticas da gestão de Neri. “O novo código eleitoral corrigiu distorções existentes e permitiu a realização de eleições livres e democráticas, em todo o Brasil, colocando os Regionais de fato a serviço da sociedade brasileira e da profissão de Enfermagem.”

Neri destaca que no início foi o período mais difícil da sua administração, pois enfrentou embates constantes com presidentes de Regionais que seguiam a orientação do então presidente para que impedissem eleições livres e que o sistema fosse republicano. “Reputo a democratização, elevando o Cofen a uma instituição republicana e democrática, destinada aos anseios da enfermagem brasileira, como a principal obra de nossa gestão”, pontuou.

De acordo com Neri, no início não foi fácil, haja vista que foi obrigado a enfrentar verdadeiros coronéis que viviam há anos fazendo desmandos em seus regionais, utilizando a autarquia para fins próprios. “Com o processo de eleições democráticas e amplamente divulgadas, levadas a frente pelo Cofen, aqueles dirigentes do sistema alinhados as velhas práticas do ex-presidente tiveram derrotas históricas nas urnas”, enfatizou. “Hoje temos a satisfação de termos as contas do Conselho Federal aprovadas com elogios do Presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler pela organização exemplar da entidade.”, completa Néri.

O marco político destacado pelo presidente do Cofen foi à união nacional das Entidades de Enfermagem que passaram a atuar de forma articulada. “Hoje temos o Fórum Nacional 30 horas já: A enfermagem está unida por um único objetivo. O fórum, que reúne Cofen, Aben, CNTS e FNE está funcionando dentro da própria sede do Cofen, entre outras, algo impensável no passado pelo distanciamento que as organizações representativas da enfermagem decidiram tomar em relação ao sistema Cofen-Corens. Nosso mandato s encerra no próximo dia 22 de abril, a sensação é do dever cumprido. Nossos sucessores vão avançar ainda mais ”, garantiu Manoel Carlos.
No Rio Grande do Norte, segundo dados relatados pelo Regional, a gestão de Manoel Carlos Néri deu importantes contribuições para o desenvolvimento do Coren-RN. Foram liberados recursos para a aquisição de terreno no bairro de Capim Macio para construção de nova sede da Autarquia e já estão assegurados recursos para a obra.

Outra ação importante da gestão de Néri, no Estado, foi o incentivo a Educação Permanente através do patrocínio das Semanas Brasileiras de Enfermagem realizadas, anualmente, cursos e eventos de aperfeiçoamento para profissionais de enfermagem e servidores do conselho. Ainda na sua gestão no federal, foi doada ao Coren-RN unidade móvel tipo furgão para auxiliar na fiscalização em todo o RN e no projeto do Coren Itinerante, que permite que o Conselho vá até aonde se encontra o profissional.

Discurso Presidente do COREN-RN

Gestão 2012-2014 na Sessão Especial de homenagem ao Presidente do COFEN Gestão 2009-2012 (Natal, 30/03/2012).

Este é um momento de alegria que nos permite pautar e compartilhar com os presentes, nesta sessão especial, um breve olhar retrospectivo, panorâmico e, ao mesmo tempo, prospectivo da História recente e em construção na Enfermagem Brasileira, movida por genuíno compromisso político-profissional de AE, TE e Enfermeiras e enfermeiros militares e dirigentes de movimentos da enfermagem (nas Entidades Movimentos Sociais e Cofen/Conselhos Regionais) que, generosamente, se dispuseram a contribuir com o futuro, na produção de novas páginas nesta História e, assim, arregaçaram as mangas, com coragem, determinação e fé na luta emancipatória- por uma Enfermagem cidadã, organizada, valorizada e respeitada, junto às instituições do Estado e Sociedade.Assim, caros colegas e convidados, estar presente neste ato Solene os qualifica à condição de testemunha e/ou de membro ativo desta construção da História atual da profissão e oportuniza visualizar o que está acontecendo neste campo que nos engrandece, como categorias de atuação profissional na Enfermagem.

Portando, estamos aqui para honrar esta trajetória de lutas e conquistas de muitas mulheres e homens da Enfermagem e, especialmente, reconhecer os avanços e prestar uma justa homenagem ao trabalho das Gestões do Cofen: “Novos Tempos” e “A Força da Mudança” que encerra seu período em 22 de abril próximo, na pessoa do Dr. Manoel Carlos Neri da Silva, Presidente do Conselho Federal de Enfermagem pelo trabalho realizado, com coragem, competência e habilidade, articulação de iniciativas e ações em favor das mudanças exigidas pela enfermagem brasileira.Em breve retrospectiva da gestão do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem anos 90 e até dois terços dos anos 2000- revela um movimento intra-institucional que rompeu com princípios éticos da ação coletiva voltada para o interesse comum – em relação à Enfermagem e à Saúde – resultando na desarticulação do Fórum Nacional de entidades de Enfermagem que havia sido criado para encaminhar lutas conjuntas de interesse da profissão e em defesa do SUS. Tinha como paradigma para a gestão, os seguintes marcos: centralização império-ditatório da estrutura corporativo-burocrática, e de desrespeito aos princípios da administração pública brasileira.

Foram, praticamente, duas décadas de uma verdadeira apropriação privada da coisa pública, por meio de uma gestão com grande poder de auto reprodução, mantida com clientelismo, repressão, medo e perplexidade, diante de ações denunciadas e tipificadas pelas autoridades policiais e judiciárias com de infração graves, passíveis de decretação de prisão preventiva para um grupo de ex-dirigentes do Cofen, para assegurar o curso das investigações, amplamente divulgadas pela grande mídia. Mas, a enfermagem brasileira não ficou como expectadora, na janela, vendo a banda passar, foi à luta e, através do Movimento intitulado “Movimentação”, nestas duas décadas atuou corajosamente, pautando o executivo, o legislativo, instituições policiais, judiciárias, e dos direitos humanos, por investigação, contra a impunidade e por moralização e inovação no SISTEMA, nos marcos de um Conselho Profissional legitimado socialmente, como defensor da sociedade, cidadania e saúde como um bem público e defensor do exercício profissional da enfermagem “habilitado”, segundo a lei, e com qualidade-técnica, política, ética e cidadã. Nesse contexto, foi constituída, em novembro de 2007, uma diretoria provisória no Cofen, sob a presidência do enfermeiro Manoel Carlos Neri da silva que, mesmo sem contar com o apoio de alguns membros da própria diretoria, iniciou com firmeza, um processo de transição na busca da construção de uma nova cultura constitucional, da normalidade política e reestruturação da Autarquia, compatível com o seu papel delegado pelo Estado brasileiro, e com as aspirações da grande maioria dos profissionais.

Face às mudanças almejadas pela enfermagem como parte das aspirações de toda a sociedade brasileira, cumprimentamos o Presidente do Cofen Manoel Carlos Neri da Silva, pela atuação competente e comprometida em manter a chama viva desta organização, que retoma seu caminho de ser uma referência para o fortalecimento técnico-científico, social e político da Enfermagem Profissional no Brasil, que consolida o Sistema Cofen/Conselhos Regionais interna, externa e institucionalmente.Seria muita pretensão nossa pensar que poderíamos ser capazes de, neste momento, fazer uma síntese que traduzisse as inúmeras realizações e avanços alcançados na Gestão Manoel Neri, e o seu significado histórico para a enfermagem do Brasil, mas, ousadamente, passamos a destacar alguns aspectos: reestruturação administrativa, que contemplou desde a mudança da sede do COFEN do Rio de Janeiro para Brasília, reforma organizacional da instituição, passando pela ampliação do quadro e grande investimento em capacitação dos funcionários e definição dos processos de trabalho.

No campo das relações Cofen/Conselhos Regionais foram estabelecidas relações mais democráticas, de apoio e de fortalecimento institucional, do ponto de vista técnico, político e material com os Coren’s, notadamente os de pequeno e médio porte, mediante processo de descentralização de recursos financeiros, promoção de eventos sistemáticos de capacitação dos conselheiros e funcionários, com ênfase na legislação da administração pública, no processo de fiscalização e processo ético, constituindo uma estratégia fundamental para a prática da probidade administrativa e melhoria da qualidade desses processos.Merece destaque a doação do “COREN MÓVEL” que comparamos a um confortável e acolhedor escritório itinerante para o atendimento dos profissionais e apoio à fiscalização (O COREN-RN, sabemos, foi contemplado).

E, ainda, financiamento para construção de novas sedes de Regionais no País, frisando que o nosso Estado está sendo beneficiado.A descentralização dos processos de inscrição, registro e cadastro é uma realidade desde 1º de janeiro de 2011, enterrando-se aquela conhecida demora, de anos, para o recebimento da carteira do COREN, o que acontece hoje em poucos dias.A aprovação do novo código eleitoral do Sistema corrigiu distorções que faziam parte da indignação da categoria, como o voto itinerante, o voto por correspondência e os mecanismos restritivos de divulgação do processo eleitoral, prejudicando a participação democrática dos profissionais e sem a garantia do respeito ao voto. Foi inaugurado o moderno Museu Ana Neri em Salvador-BA; lançada a Revista “Enfermagem em Foco”; realizado, anualmente, o CBCENF com inovações no temário e na sua organização, um dos quais aqui em Natal; o projeto de pesquisa, sobre o Perfil da Enfermagem no Brasil, idealizado há anos, passa a ter viabilidade nesta Gestão atual do COFEN; lançada a campanha pela qualidade do ensino de Enfermagem no País em conjunto com a ABEN; Participação efetiva no movimento nacional pela aprovação do PL 2295/2000 que trata da jornada de 30h para os profissionais de Enfermagem.Aproveitando esta oportunidade (dar o informe sobre a audiência com o Deputado Henrique Alves).

É imprescindível acrescentar a relevante contribuição do COFEN para a rearticulação política das organizações de Enfermagem, para a luta conjunta, a união de forças em favor de agendas de interesse da Enfermagem e da sociedade.Tem sido marcante, também, a participação do COFEN/COREN’S na luta em defesa do Sistema Único de Saúde. Ao presidente Manoel Carlos, o mais elevado e sincero agradecimento e aplauso pela dedicação, pelo sacrifício, pela coragem de ter assumido a condução do COFEN num momento tão complexo, de tantas turbulências, de tantos riscos e de grandes responsabilidades, sabendo enveredar o Sistema COFEN/COREN’S para o caminho desejado pela Enfermagem Brasileira.Queremos agradecer, em especial, à Professora Nadir Soares Vila Nova, Conselheira do COFEN, pela enorme colaboração, como representante deste Estado, nesta trajetória, não medindo esforços, e até sacrifícios, para cumprir com ética, lealdade, e competência as atribuições que lhe foram confiadas.

 

Fonte:
Cofen/ Coren-RN

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