Técnica salva jovem e família busca reencontro para agradecimento

A Enfermagem muda a vida das pessoas

15.07.2016

Após ver o filho em parada cardíaca na calçada e sendo socorrido por uma “desconhecida”, José Carlos Nunzio, só queria conhecer e agradecer ao “anjo” em forma de técnica de enfermagem, assim denominada pela família, que, com “mãos divinas”, fez o jovem de 19 anos sobreviver a cinco paradas cardíacas. O dia 12 de julho ficou marcado para a família do jovem Gabriel Nunzio e também para a técnica de enfermagem do Laboratório da Santa Casa, Bruna Moraes de Souza.

Após identificar a parada cardiorrespiratória sofrida por Gabriel, foram intermináveis onze minutos de massagem cardíaca até a chegada da ambulância e a família do jovem só queria uma oportunidade de expressar o reconhecimento a tão grandiosa atitude. Foi com um abraço apertado, muitas lágrimas nos olhos e um “muito obrigado” que o pai, José Carlos, a mãe Paula Renata Nunzio, a irmã, Isabela Nunzio e tia Ane Serra agradeceram Bruna por salvar a vida do jovem.

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Muito emocionada Bruna conta que eventos como este fortalecem sua convicção de que valeu a pena o grande esforço para concluir o curso técnico de enfermagem. “Eu tenho dois filhos, um marido e uma casa para cuidar e foi com muita dificuldade que deixei minha família por noites a fio para adquirir esta formação” explica, e prossegue, “eu fico muito feliz. A gente luta tanto na nossa profissão que um reconhecimento assim é muito emocionante. Eu aprendi com meu pai, que é bombeiro, que nós temos que salvar vidas, e foi para isso que me formei. Fiz por ele o que faria por qualquer outra pessoa. Das minhas mãos só queria que ele resistisse às paradas e lutei por isso. Graças a Deus deu tudo certo”, se emociona.

Para a família, Bruna foi como um anjo que Deus enviou para seu ente querido que, coincidentemente, é homônimo do Arcanjo Gabriel. “Ela estava no lugar certo, na hora certa. Se não fosse ela, meu filho não resistiria. A atitude dela de salvar a vida de um estranho caído na rua foi um ato de responsabilidade, de profissionalismo e, principalmente de solidariedade. Hoje em dia, as pessoas não olham mais umas para as outras e o que ela fez se distingue desta realidade. Ela agora, faz parte da nossa família”, diz o pai.

Mesmo sem conhece-la pessoalmente, Paula conta que toda família começou a fazer orações pedindo proteção para Bruna e para que ela nunca deixasse de ajudar ao próximo. “Ela fez meu filho nascer de novo. Ela lutou incansavelmente para salvar meu filho. Ficar onze minutos fazendo massagem cardíaca em uma pessoa que você nem conhece é um ato de amor ao próximo. Minha família toda se juntou rezando para ela. Foi a forma que encontramos de agradecer, mesmo que de longe, pelo o que ela fez por nós”, disse a mãe e a irmã Isabela Nunzio com sorriso aliviado, completou, “essas mãos são mágicas”, segurando a nova amiga.

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