ABESE – cenário da pós-graduação em enfermagem no Brasil

A Academia Brasileira de Especialista em Enfermagem (ABESE) realizou o I Fórum ABESE, nas dependências do CAPE-Coren-SP (Centro de Aprimoramento Profissional em Enfermagem), e envolveu cerca de 120 profissionais e autoridades nos segmentos mercado de trabalho e ensino.

05.08.2010

A Academia Brasileira de Especialista em Enfermagem (ABESE) realizou o I Fórum ABESE, nas dependências do CAPE-Coren-SP (Centro de Aprimoramento Profissional em Enfermagem), e envolveu cerca de 120 profissionais e autoridades nos segmentos mercado de trabalho e ensino.

Para o presidente da ABESE, Cezar Silva, este evento fez-se necessário porque a área da saúde passou por transformações significativas e tornou o ‘cuidar’ uma atividade ainda mais complexa, dinâmica e, principalmente, especializada. “Este Fórum veio encontro dos objetivos da ABESE, que é o comprometimento com o rumo da enfermagem, o fortalecimento das suas sociedades de especialistas e definir diretrizes para o futuro da especialização.”, ressalta o presidente.

O primeiro Painel contou com a palestra da Profª. Drª. Dorisdaia Carvalho de Humerez, Avaliadora Institucional do Sinaes (BASis) – Inep – Ministério da Educação e Coordenadora da Câmara Técnica de Educação e Pesquisa do COFEN, que abordou o tema ‘Cenário da Pós-graduação em Enfermagem no Brasil’. A moderação do Painel ficou a cargo da Drª. Maria Julia Paes da Silva, Diretora de Enfermagem do Hospital Universitário – HU/USP.

A palestrante tratou da legislação em vigor no país para os cursos de especialização, comentando a necessidade de atendimento das suas normas e os limites que elas impõem. Foram feitas observações advindas da larga experiência da palestrante, que se preocupou em esclarecer as dúvidas manifestadas pelos participantes durante e após a apresentação. Drª. Dorisdaia também deu sugestões sobre a participação mais efetiva da ABESE nos órgãos oficiais e nos representativos da classe, bem como do uso da oportunidade para propiciar um continuum nos estudos pertinentes ao assunto em eventos ligados à enfermagem, ainda no ano em curso.

Para o segundo Painel, a mesa redonda colocou em questão a visão das entidades de classe na formação dos especialistas e contou com a participação da Conselheira do Conselho de Enfermagem (COFEN), Drª. Ivete Santos Barreto e do presidente da ABESE, Dr. Cezar Silva.

Foi sentida a ausência da presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Drª. Maria Goretti Lopes, que por motivos inerentes à sua vontade não pode participar do evento em São Paulo.

Os trabalhos foram moderados pela Dra. Isabel Cristina Kowal Olm Cunha, Profª. Adjunta do Curso de Enfermagem da UNIFESP.

A ênfase da exposição da Dra. Ivete disse respeito às resoluções do COFEN que abordam a concessão do registro de especialista, dos registros da pós-graduação lato e estricto sensu, bem como daquela responsável por normaliza a fixação das especialidades de enfermagem. Dr. Cezar contextualizou a evolução da enfermagem e do enfermeiro ao longo dos tempos, salientando o árduo caminho a ser seguido pelos profissionais. Dedicou a maior parte do horário que lhe coube para falar do papel do especialista em um ambiente competitivo, em que a qualificação precisa ser constante. Mesmo com várias especialidades reconhecidas, permanece a carência de profissionais em certas áreas. Finalizou destacando que chegará ao topo o especialista que souber escolher as oportunidades do mercado e que usufruir do incentivo feito pelas instituições de saúde para formá-los. Aos participantes puderam fazer questões e fizeram propostas consideradas próprias para seguimento dos assuntos tratados nesse primeiro evento.

Durante os debates, foi consenso entre os palestrantes, moderadores e profissionais participantes do Fórum, sugestões e recomendações para que, pós-estabelecidos as diretrizes e os planos de ação, sejam encaminhadas às seguintes entidades representativas: Cofen – Conselho Federal de Enfermagem; ABEn – Associação Brasileira de Enfermagem e FNE – Federação Nacional de Enfermeiros.

Sugestões e recomendações:

1) Revisar a RESOLUÇÃO COFEN Nº 290/2004, com consulta pública antecedendo as decisões necessárias para seu ajuste, diante das expectativas e necessidades de inclusão e exclusão de novas especialidades.

2) Apoiar a inserção na pesquisa de Perfil da Enfermagem Brasileira, de realização conjunta do Cofen, ABEn e FIOCRUZ, os dados relativos ao conhecimento detalhado de quem são os enfermeiros especialistas, áreas em que são feitas, áreas em que atuam antes e após a realização do curso, período existente entre o término da graduação e/ou de outro curso para continuidade do conhecimento, entre outros.

3) Consolidar a representatividade da ABESE junto ao INEP e órgãos congêneres para o diálogo sobre assuntos de interesse na formação de profissionais, tanto nas especializações em nível superior como em nível médio.

4) Fortalecer as relações entre Cofen e ABEn com a ABESE pela discussão de temas, de interesse dos profissionais relativos às especializações, em eventos como o SENADEN e o CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM, dentro do ano em curso.

5) Realizar, periodicamente, eventos ou outra forma de estudos sob a tutela da ABESE, enquanto continuidade do processo de melhoria dos cursos de especialização, de acordo com a realidade brasileira.

6) Promover discussões para esclarecimentos da existência de vínculo entre sociedades multiprofissionais e sociedades de especialistas em enfermagem, com foco no fortalecimento destas últimas, inclusive pelo credenciamento da ABESE.

7) Incentivar o avanço de questões relacionadas à busca de certificações, em consonância com as tendências internacionais de garantia da qualidade dos próprios cursos e do profissional, em espaços de tempo posteriores a obtenção do certificado.

8) Sugerir currículo mínimo no estabelecimento de padrões de qualidade para os cursos de especialização, independente da área tratada em cada um deles. Estabelecer, em conjunto com as sociedades, padrões e critérios mínimos para a concessão de Título de Especialista.

9) Ficar atenta, enquanto sociedade dedicada ao fortalecimento de associações de especialistas de enfermagem, para o desenvolvimento de cursos de pós-graduação lato sensu concomitante à graduação, com o intuito de tornar o fato visível junto aos órgãos competentes, segundo ilegalidade declarada no PARECER Nº 356/2009 do CNE/CES do Ministério da Educação e Cultura, aprovado em 10/12/2009 e publicado no D.O.U. de 22/01/2010.

Fonte: Portal

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