Apenas não vacinados contraíram febre amarela em São Paulo

Estado registrou nove mortes pela doença. Casos aconteceram entre grupos que estavam em áreas de mata – as pessoas vacinadas que estavam nos grupos não se contaminaram.

19.02.2025

O estado São Paulo registrou 15 casos de febre amarela, com nove óbitos. Nenhum dos pacientes era vacinado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, os casos foram registrados entre grupos que estavam em áreas de mata – as pessoas vacinadas que estavam nos grupos não se contaminaram.

A situação acende um alerta sanitário e reforça a importância da vacinação. A vacina proporciona imunidade eficaz em 7 a 10 dias para 95% dos vacinados. Uma única dose é suficiente para conferir imunidade por toda a vida, não sendo necessária dose de reforço. Pode causar febre, mas efeitos colaterais sérios são extremamente raros.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta epidemiológico sobre o aumento de casos de febre amarela nas Américas, destacando o recente crescimento de casos confirmados em humanos e a mudança na distribuição geográfica da doença. Enquanto em 2024 os casos estavam concentrados principalmente na região amazônica da Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana e Peru, em 2025 a doença tem se deslocado para áreas fora dessa zona tradicionalmente afetada, com destaque para o estado de São Paulo.

Além dos casos em humanos, também foram registrados 30 casos em primatas no estado, nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos, Bauru e Osasco. O registro de primatas com a doença alerta para a circulação do vírus na região.

A febre amarela é um arbovírus, transmitido mosquitos como Haemogogus e Aedes aegypti, o mesmo de doenças da dengue, zika e chikungunya. A transmissão da febre amarela é por meio de mosquitos como o Aedes aegypti, o mesmo de doenças como a dengue, zika e chikungunya. A vacinação é principal medida de prevenção.

O reconhecimento imediato da doença e o controle de surtos por meio da vacinação são fundamentais para evitar epidemias. A doença é de difícil diagnóstico, especialmente durante os estágios iniciais da doença. Ela pode ser confundida com malária grave, febre hemorrágica da dengue, leptospirose, hepatite viral (especialmente as formas fulminantes de hepatite B e D), ou outras febres hemorrágicas (bolivianas, argentinas, venezuelanas e outros flavivírus, como Nilo Ocidental, o vírus Zika etc), assim como envenenamento.

Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. As primeiras manifestações são febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Podem, ainda, surgir náuseas, vômitos e diarreia. Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e fica permanentemente imunizado contra a doença. Cerca de 15% dos doentes infectados com febre amarela apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em metade dos casos.

O papel da Enfermagem nesse contexto é essencial para a detecção precoce de casos suspeitos, acompanhamento dos pacientes em todas as etapas do tratamento e promoção das medidas preventivas, como a vacinação. Além disso, os profissionais têm um papel decisivo no manejo clínico, monitorando os sinais vitais, oferecendo suporte às famílias e colaborando com outras equipes de saúde para garantir uma resposta integrada e eficaz ao surto. A atuação da Enfermagem contribui diretamente para a redução da mortalidade e a segurança do paciente, principalmente nos casos graves da doença.

Fonte: Ascom/Cofen

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