Aumento de casos graves de covid-19 afeta principalmente crianças pequenas e idosos

11 capitais apresentaram aumento de casos de SRAG: Belém, Boa Vista, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Recife 

07.10.2024

Mapa com as capitais do Brasil que tiveram aumento nos casos de covid-19
Tendência de SRAG nas últimas 3 semanas (curto prazo) e 6 semanas (longo prazo) é apresentada para UFs e capitais, com base nas estimativas de casos recentes

O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado na última quinta-feira (3/10), alerta para o aumento de casos graves por covid-19 em Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal. Apesar desse crescimento, há indícios de estabilização ou início de queda das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionada à covid-19 em estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Goiás, também se observa uma desaceleração no aumento de casos. O levantamento é referente à Semana Epidemiológica (SE) 39, que compreende o período de 22 a 28 de setembro, com base em dados inseridos no Sivep-Gripe até 28 de setembro.

11 capitais apresentam aumento de casos de SRAG: Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE). Entre os grupos mais afetados, destaca-se uma maior incidência de casos graves entre crianças de até 2 anos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica e responsável pelo Boletim InfoGripe, enfatiza a necessidade de aumentar a cobertura vacinal nesse público. “Temos observado uma baixa adesão à vacinação contra a Covid-19 nas crianças pequenas. É essencial que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para se vacinarem”, orienta.

O boletim também revelou um aumento nos casos de SRAG entre idosos em alguns estados do Norte, Nordeste e Sul. Embora os dados laboratoriais ainda não permitam uma conclusão definitiva sobre o vírus causador desse aumento, a pesquisadora ressalta que, considerando o cenário epidemiológico e a faixa etária afetada, é provável que a Covid-19 esteja contribuindo para esse crescimento.

Média das incidência e mortalidade semanais de SRAG notificadas no Brasil nas últimas oito semanas.
Média das incidência e mortalidade semanais de SRAG notificadas no Brasil nas últimas oito semanas

No âmbito nacional, a análise indica uma tendência de queda de SRAG no longo prazo (últimas seis semanas) e uma estabilização ou leve oscilação no curto prazo (últimas três semanas). Sete estados apresentam tendência de crescimento de SRAG no longo prazo: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins. Embora os casos de SRAG por rinovírus estejam diminuindo em grande parte do país, ainda há crescimento em alguns estados das regiões Nordeste e Sul.

Nas quatro semanas epidemiológicas mais recentes, a prevalência dos casos positivos foi distribuída da seguinte forma: 14,2% para influenza A, 6,2% para influenza B, 6,4% para vírus sincicial respiratório, 30,5% para rinovírus e 32,3% para Sars-CoV-2 (covid-19). Quanto aos óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 20,4% para influenza A, 4,8% para influenza B, 1,1% para vírus sincicial respiratório, 5,6% para rinovírus e 63,3% para Sars-CoV-2.

Até o momento, em 2024, foram registrados 138.185 casos de SRAG, dos quais 66.037 (47,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 18,2% foram causados por influenza A, 1,0% por influenza B, 38,6% por vírus sincicial respiratório, 24,6% por rinovírus e 18,8% por Sars-CoV-2 (covid-19).

Fonte: Fiocruz (editada)

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