Bahia faz homenagem a Enfermeira Anna Néri

O mês de maio marca a morte da baiana Anna Néri (1814-1880),considerada símbolo da Enfermagem baiana e brasileira por se preparar e servir como voluntária na Guerra do Paraguai (1864-1870). Marcando a passagem da data a UniversidadeFederal da Bahia (UFBA) sedia nesta terça-feira, dia 8, às 19h no Palácio da Reitoria, bairro do Canela, em Salvador, olançamento do livro Ivete Oliveira – Ícone da Enfermagem no Brasil.

03.05.2012

O mês de maio marca a morte da baiana Anna Néri (1814-1880),considerada símbolo da Enfermagem baiana e brasileira por se preparar e servir como voluntária na Guerra do Paraguai (1864-1870). Marcando a passagem da data a UniversidadeFederal da Bahia (UFBA) sedia nesta terça-feira, dia 8, às 19h no Palácio da Reitoria, bairro do Canela, em Salvador, olançamento do livro Ivete Oliveira – Ícone da Enfermagem no Brasil.

No livro biográfico se encontra parte da história da enfermagem na Bahia eno Brasil, já que além de professora emérita da UFBA, a também baiana Maria Ivete Oliveira foi diretora da Escola de Enfermagem dessa universidade, primeira baiana presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Trata-sede uma homenagem *In Memoriam*.

“Notável enfermeira baiana, Ivete Oliveira foi uma das mais expressivaslideranças femininas da Bahia, quiçá do Brasil, tendo marcado suatrajetória existencial com exemplos de trabalho, dignidade, senso deresponsabilidade e liderança incontestável”, afirma a presidente doInstituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Consuelo Pondé de Sena.

Para a presidente do IGHB este livro permite rememorar a figura exemplar dapioneira da enfermagem no Brasil, Anna Neri, baiana de Cachoeira,cognominada ‘a mãe dos brasileiros’, cujo exemplo de heroísmo, coragem edesprendimento é constantemente recordado como modelo imperecível debravura e generosidade. “Com certeza em um perfil como este, admirável,espelhou-se Maria Ivete Oliveira, digna sucessora da heroína baiana daGuerra do Paraguai”, diz Pondé de Sena.

Ivete Oliveira foi ainda Presidenta do Instituto de Assistência ePrevidência do Servidor do Estado da Bahia, o antigo IAPSEB, de 1988 a1990, quando foram elaborados um sistema de saúde e um plano atuarial parao Instituto. E a primeira mulher a ocupar cargo de Secretária de Estado nahistória da Bahia, assumindo a pasta do Trabalho em Bem Estar Social de 1975a 1979.

“Ela exerceu as presidências na ABEn e COFEN com raro brilho, deixandoimenso legado de realizações para todos os enfermeiros de sua geração efuturas. Jamais se furtou a um chamado da classe para dar sua contribuição,por mais penoso e trabalhoso que fosse o cargo ou a responsabilidade queteria que assumir”, relata a ex-diretora Executiva Adjunta do ConselhoInternacional de Enfermeiras (Genebra, Suíça) e presidente da AcademiaBrasileira de História da Enfermagem (2010-2012), Taka Oguisso.

Professora titular da Universidade de São Paulo (USP), Oguisso, destaca acaracterística de Ivete para assumir desafios de qualquer natureza e detodos os tipos. “Nessas organizações que citei, Ivete Oliveira dedicou seuenorme talento como líder, administradora e negociadora em benefício daclasse da Enfermagem no Brasil”, lembra Oguisso.

Graduada em Enfermagem pela UFBA, Maria Ivete cursou pós-graduação emPedagogia na Universidade de Boston e Metodologia da Pesquisa naUniversidade da Califórnia, entre 1950 e 1970, nos Estados Unidos. Foivencedora de duas seleções da Fundação Rockefeller, bolsista da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS). Participou detrabalhos e experiências em outras instituições como a Universidade daFlórida, em Gansville (EUA), e na Universidade Del Valle, em Cali, naColômbia.

Dessas experiências internacionais trouxe para a Bahia contribuições,inovando e implementando novas ações na UFBA, como o Projeto IntegraçãoDocente-Assistencial e, depois, em vários cargos do Governo do Estado,Associação Comercial da Bahia e Banco da Mulher. Mais informações sobre ahomenagem à Ivete Oliveira estão no sitewww.monizcomunicacao.blogspot.comcom fotos em alta resolução no linkhttp://www.flickr.com/photos/monizcomunicacao/.

História ANNA NERY – Ana Justina Ferreira Nery (dezembro 1814 – maio 1880), nasceu na cidade de Cachoeira, Bahia. Mesmosem formação profissional – que antes não existia e era exercida porreligiosas – Anna Nery ficou, a ponto da primeira escola oficial deenfermagem do Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, receber seu nomeem 1926 como homenagem. Hoje é a Escola de Enfermagem da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ). Anna Nery casou-se aos 23 anos com ocapitão-de-fragataIsidoro Nery. Teve três filhos, Justiniano e Antônio Pedro, que se formaramem Medicina, e Isidoro Filho que se tornou militar. Ao ver a partida defilhos e sobrinho para a Guerra do Paraguai (1864-1870), se tornouvoluntária no atendimento aos feridos. Antes de partir, aprendeu lições emaneiras de como cuidar de doentes no Rio Grande do Sul, com as Irmãs deCaridade São Vicente de Paulo, com período de estágio para convalescentesda guerra, em Salto na Argentina. Ao retornar da guerra trouxe consigo seisórfãos do Paraguai para criá-los. Recebeu uma coroa de louros cravejada debrilhantes como homenagem e ficou conhecida popularmente como “Mãe dosBrasileiros”. Faleceu em 20 de maio de 1880, aos 65 anos de idade, no Riode Janeiro. Após sua morte, ainda ocorreram diversas homenagens, dentreelas em 1919, pela Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, em Paris, que areconheceu como pioneira da Enfermagem Brasileira e precursora da CruzVermelha Brasileira.

*Crédito Fotográfico obrigatório: Lei nº 9610/98*

 

Fonte:
MONIZ COMUNICAÇÃO

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