Belém sedia I Encontro Estadual de Enfermeiros Obstetras e Neonatal

Realizado pela Abenfo, evento tem apoio do Cofen e do Coren-PA

02.09.2016

Eneom
Encontro busca soluções para reduzir a mortalidade materna e neonatal

O alto índice das cesarianas e as elevadas taxas de mortalidade materna e infantil foram tema do I Encontro Estadual de Enfermeiros Obstetras e Neonatal, que aconteceu nos dias 1º e 2 de setembro, no Hotel Sagres, em Belém. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Enfermeiros Obstetras/Secção Pará (Abenfo-PA), com o apoio do Conselho Federal de Enfermagem (Coren) e Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) e teve como tema “A enfermagem obstétrica como fortalecedora do protagonismo da mulher no ciclo gravídico puerperal – avanços e desafios no Estado do Pará”.

“No Brasil, com todos os avanços já registrados na área da gestação, parto e nascimento, ainda vivenciamos altas taxas de cesariana nos hospitais e clínicas privadas, as enfermarias obstétricas dos hospitais estão superlotadas a ponto de serem comparadas a “campos de batalha”. Isso é resultado da deficiente assistência no pré-natal, parto, nascimento e puerpério” , explica o presidente da ABENFO/PA, Horácio Bastos.
Segundo o Ministério da Saúde, a cesariana já é a principal via de nascimento do Brasil, chegando a 55% dos partos realizados no geral e a 84,6% na rede privada.
A ideia do encontro foi buscar soluções para diminuir esses índices alarmantes de cesarianas e a morte de mães e bebês logo depois do parto.
“ Por trás deste fenômeno o fato de que quando se medicaliza o parto e não se respeita a mulher como “protagonista” do processo de parturição cria-se uma grande lacuna entre a alta tecnologia e o processo natural de parir e nascer”, explica Horácio.
Na programação do ENEON se realizou ainda mini-cursos que buscaram discutir temas como: acolhimento com classificação de risco na assistência de enfermagem obstétrica, assistência de enfermagem nas urgências e emergências obstétricas, cuidados com o recém-nascido na primeira hora de vida, assistência de enfermagem ao parto domiciliar planejado entre outros.
“ Espera-se que, com o fortalecimento da Linha de Cuidado à Mulher, Neonato e Família pautados na estratégia da Rede Cegonha (Ministério da Saúde) com foco na Gestação – Parto – Nascimento – Puerpério seja possível construir um cuidado integral e humanizado para as mulheres, seus bebês, companheiros e familiares”, conclui Horácio.
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