CBCENF propõe estratégias para redução da mortalidade materna

GT de Saúde da Mulher discute evidências e estruturação da assistência; campos de prática humanizada são gargalo na formação

18.09.2015

A expansão de campos de práticas humanizadas e baseadas em evidência é o principal gargalo de formação e capacitação da assistência ao parto. “Alunos da graduação, são vocês que vão assumir nossos lugares. E para isto vocês precisam estar fortalecidos”, afirmou Herdy Alves, da Câmara Técnica de Saúde da Mulher do Cofen.

Os Grupos Técnicos de Saúde da Mulher do Sistema Cofen/Conselhos Regionais apresentaram experiências (SP,MG, GO, PA, BA, SC, DF, ES, PI), buscando multiplicar boas práticas e cooperar na superação dos desafios em comum. Aberto ao público, o encontro lotou a Sala Santa Luzia do Centro de Convenção de João Pessoa/PB, no último dia do 18º CBCENF (18/9).

As discussões no CBCENF apontam para a necessidade de verificar o que os países latino-americanos estão fazendo para atingir o 5º Objetivo do Milênio (ODM). A meta de redução da mortalidade materna, acordada pelos países da ONU, é a mais distante da realidade mundial e brasileira.

Políticas Públicas e Transformação – A mesa-redonda “Vivenciando a transformação do modo de assistência perinatal no campo de Enfermagem” reuniu o Ministério da Saúde (MS), Agência Nacional de Saúde (ANS), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica (Abenfo), agentes da transformação do cenário da assistência pré-natal, parto e puerpério.

A qualificação e formação de enfermeiras obstétricas é uma das diretrizes para melhoria da assistência ao parto, afirmou Esther Vilela (MS). O MS trabalha em parceria com a Abenfo para identificar campos de boas práticas, principal gargalo da ampliação das vagas de residência, especialização e aprimoramento.

Além das ações normativas – como obrigatoriedade do preenchimento do partograma e cartão da gestante, e garantia do acesso a informação às gestantes –, a ANS atua de forma indutória, buscando promover práticas sustentáveis a longo prazo. Projeto piloto da ANS acompanha 40 hospitais, por 18 meses, para identificar composição de equipes, equipamentos e práticas associadas à melhoria da assistência ao parto.

“Assistência de qualidade é fundamental para garantirmos a vida das mulheres e seus bebês”, ressaltou a conselheira federal Fátima Sampaio. “A humanização pressupõe qualidade técnica na assistência, mas vai além do cuidado. É presença, toque, respeito à autonomia da mulher”.

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