Cofen apoia Encontro Nacional da Prematuridade

Prematuridade já é a principal causa de mortalidade infantil. Evento reúne especialistas em 5 de junho, em São Paulo

24.03.2025

Bebê prematuro se beneficia do contato pele a pele no método canguru (Sesab)

A prematuridade é principal causa de mortalidade infantil, representando um em cada cinco óbitos de crianças menores 5 anos de idade, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Enfrentando esse desafio, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) vai apoiar o 1º Encontro Nacional da Prematuridade e o 2º Seminário Internacional de Neonatologia, realizados pela Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros ONG Prematuridade.com, em 5 de junho, no Hospital da Clínicas da USP, em São Paulo.

A mesa de abertura terá participação da coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen, Ivone Amazonas, representando o presidente Manoel Neri, além de nomes como Sonia Venâncio, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, Denise Suguitani, ativista e fundadora da ONG Prematuridade, Alessandro Chagas, João Aprígio Almeida e Roseli Nomura. Confira a programação e inscreva-se

O evento, em formato híbrido, reúne especialistas de notório saber para debater os principais temas relacionados à prevenção do parto prematuro e às melhores práticas do cuidado aos bebês prematuros, incluindo a perspectiva das políticas públicas e da gestão. A programação científica foca a atuação da equipe multidisciplinar envolvida na prevenção e assistência à prematuridade.

Enfermagem e a epidemia silenciosa de prematuridade

Relatório da OMS descreve a prematuridade como uma “epidemia silenciosa”. “A Enfermagem tem papel fundamental no combate a essa epidemia, começando desde o planejamento familiar, com prevenção à gravidez na adolescência e em outras condições de risco associadas a partos prematuros. Continua no pré-natal, com a correta datação gestacional, orientação da gestante e tratamento de condições como hipertensão e infecções, que podem causar nascimento prematuro, além de representarem risco à mulher”, destaca Ivone Amazonas.

Luísa, prematura de 35s, amamentada na primeira hora de vida – Prematuridade e cesariana não contraindicam amamentação ao nascer (arquivo pessoal)

A assistência ao parto normal, com redução das intervenções iatrogênicas e o acompanhamento da evolução natural do trabalho de parto, realizada por enfermeiras, contribui para a redução da prematuridade. O trabalho continua na assistência ao  bebê, com apoio à amamentação, triagem e elaboração de itinerário terapêutico adequado a cada criança.

A continuidade do cuidado é importante para a sobrevivência e desenvolvimento dos prematuros. Os problemas respiratórios são os mais comuns entre os bebês prematuros, que nascem carentes de surfactante, substância que permite que os pulmões se encham de ar para troca gasosa.  Eles também estão mais maior risco de complicação cardíaca, como a persistência do canal arterial (ductus arteriosus), hemorragia cerebral, enterocolite necrotizante, atrasos de desenvolvimento e outras condições.

“A prematuridade por si só não é contraindicação à amamentação na primeira hora de vida, que deve ser encorajada sempre que possível”, explica Ivone Amazonas.  Consagrado no método canguru, o contato pele a pele com a mãe é capaz de regular a temperatura e reduzir o tempo de internação dos pequeninos.

Investimentos em UTI neonatais e seguimento ambulatorial também são necessários para a sobrevivência e desenvolvimento dos bebês. Somente um em cada dez prematuros extremos (com menos de 28 semanas) sobrevive em países de baixa renda, em comparação com mais de nove em cada dez em países de alta renda. A articulação da sociedade civil tem um papel importante no reconhecimento dos riscos da prematuridade e suas consequências, e a necessidade de políticas públicas que contribuam para evitar a prematuridade e garantir a assistência aos recém nascidos, crianças e pessoas vivendo com consequências da prematuridade.

 

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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