Cofen debate desafio das campanhas eleitorais baratas e transparentes

Conselho federal foi um dos apoiadores do colóquio realizado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

08.06.2016

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Representando o Cofen em Colóquilo do MCCE, o presidente do Coren – CE Osvaldo Albuquerque e a conselheira federal Mirna Frota

O Conselho Federal de Enfermagem participou, nesta terça-feira (7/6) do Colóquio Eleições 2016 – O desafio das campanhas baratas e transparentes, realizado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), em Brasília. O evento integra agenda do ano eleitoral do MCCE, promovendo debate sobre o fim do financiamento empresarial de campanhas e o combate ao caixa dois nas eleições.

“Não há Sistema Único de Saúde sem democracia. Discutir o sistema eleitoral brasileiro e a transparência de gastos é discutir políticas que interferem diretamente na Saúde Coletiva”, ressaltou o presidente do Coren-CE, Osvaldo Albuquerque, que participou do evento representando o Cofen, juntamente com a conselheira federal Mirna Frota.

O conferencista Craig Holman, especialista em reforma do financiamento da campanha eleitoral, ética nos governos, prática de lobby e impacto do dinheiro da Public Citizen, apresentou o quadro do sistema eleitoral americano, com aumento exponencial dos gastos desde a decisão da Suprema Corte que autorizou, 2010, o financiamento empresarial de campanhas políticas.

Atualmente 50 bilionários financiam mais de 40% das campanhas eleitorais nos Estados Unidos. “É consensual entre eleitores de todo o espectro político norte-americano que as grandes corporações têm demasiado poder nas eleições”, ressaltou o conferencista.

No Brasil, uma única empresa do ramo frigorífico financiou 171 candidatos, segundo dados apresentados por Márlon Reis, fundador do MCCE e um dos redatores da Lei da Ficha Limpa. O financiamento empresarial aumenta o viés de representatividade. “Quem paga é efetivamente representado”, resumiu o conferencista brasileiro.

O Cofen é membro do MCCE, por meio do qual apoiou importantes iniciativas populares, como a Reforma Política, parcialmente realizada, a Lei da Compra de Votos e a Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados em 2ª instância. Foi numa van do Cofen que as 2 milhões de assinaturas coletadas em favor da Lei da Ficha Limpa foram levadas ao Congresso Nacional.

 

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