Cofen debate fake news e voto consciente em reunião do MCCE

Conselho Federal de Enfermagem integra o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

18.07.2018

As entidades integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) se reuniram, nesta quarta-feira, na sede da OAB, em Brasília para discutir as Eleições 2018. Representando o Cofen, o conselheiro federal Luciano da Silva, ressaltou a importância do voto consciente. “Estamos em um momento que não podemos errar. E a Enfermagem terá uma papel fundamental neste processo eleitoral. Somos mais de 2 milhões de profissionais. Juntos, podemos mudar o cenário e influenciar as políticas públicas”, afirmou o conselheiro.

Luciano criticou a “leniência e partidarização do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados”, lembrando a situação dos deputados João Rodrigues (PSD-SC) e Celso Jacob (MDB-RJ), que mesmo condenados pela Justiça, tiveram seus processos arquivados na comissão e continuam exercendo os mandatos.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) é membro do MCCE, e por meio dele apoiou importantes iniciativas populares, como a Lei da Compra de Votos e a Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados em 2ª instância. Foi uma van do Cofen que levou as 2 milhões de assinaturas coletadas em favor da Lei da Ficha Limpa ao Congresso Nacional.

O MCCE também se opôs à proposta de “Distritão”, sistema de escolha de parlamentares que acaba com a proporcionalidade, privilegiando os mais poderosos, o que aprofunda a personalização da política e a sub-representação de grupos sociais marginalizados. Iniciativas como a Plataforma Voto Legal têm buscado promover a transparência e financiamento cidadão das campanhas, como contraponto aos grandes grupos financeiros. Novidade nesta eleição, o financiamento coletivo já está valendo.

CNBB – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que integra a rede, apresentou cartilha que combate a mitos e busca incentivar as pessoas a participar do processo político. O documento aborda a crise ética pela qual passa o sistema político brasileiro, corrupção, ameaças à democracia e os sinais de esperança. Um dos destaques do documentos são as ” Fake News”, notícias falsas que podem influenciar, de forma decisiva, o processo eleitoral.

Fake News – O monitoramento de notícias falsas será objeto da “Sala de Democracia Digital – #observa2018”, que será lançada em 25 de julho pela Fundação Getúlio Vargas. A iniciativa, apresentada no encontro, tem o objetivo de monitorar o debate público e o impacto das práticas de desinformação nas redes sociais durante as eleições de 2018.

 

 

 

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