Enfermeiro lidera projeto social de cuidados paliativos em favelas do Rio de Janeiro

Grupo de Trabalho se reúne no Rio de Janeiro para debater o planejamento de cuidados de profissionais de Enfermagem que abrangem todos os aspectos da vida dos pacientes em condições ameaçadoras de vida.

30.03.2025

Em conjunto com as equipes multiprofissionais do Ministério da Saúde, a atuação dos profissionais de Enfermagem objetiva dar qualidade de vida a pessoas que enfrentam cenários ameaçadores de vida. Realizado nesta quinta-feira (27/03), o encontro do Grupo de Trabalho teve a presença do Dr. James Francisco Pedro dos Santos, representando o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

“O GT em Cuidados Paliativos do Cofen teve a honra de visitar o projeto Favela Compassiva no Rio de Janeiro, uma iniciativa inspiradora liderada pelo enfermeiro Dr. Alexandre Silva. Ver de perto essa experiência reafirma o compromisso do Conselho em estar presente em todos os lugares onde há cuidado, pois onde há cuidado a enfermagem está presente”, afirmou o conselheiro federal Dr. James Santos.

Ao reforçar estratégias para melhoria das condições de trabalho na atuação em cuidados paliativos que envolve a Enfermagem brasileira, o conselheiro desejou que o exemplo do projeto “fortaleça ações e inspire o surgimento de novas comunidades compassivas em todo o Brasil”.

Essa ação previne e alivia o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação correta, a prevenção e o tratamento da dor, além de outros problemas físicos, psicossociais ou espirituais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define cuidados paliativos como uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e suas famílias. 

O aprimoramento da assistência prestada à sociedade fez parte do debate do Grupo de Trabalho. Idealizador do projeto Favela Compassiva, o enfermeiro Dr. Alexandre Ernesto Silva, que também é professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e Consultor Técnico do Ministério da Saúde, destacou o compromisso contínuo da categoria no acolhimento de pacientes e familiares com foco no bem-estar. “É preciso educar a base comunitária para aliviar o sofrimento humano, pois é onde a rede de afeto se fortalece e o sofrimento não se isola”, disse.

“É uma felicidade para nós ver a expansão do cuidado paliativo, como modalidade de cuidado no Brasil, e saber que a Enfermagem é protagonista. Defendemos a arte do cuidar, que é ocupar-se do bem-estar do outro, especialmente num contexto de vulnerabilidade e vulneração é muito importante”, assinalou Alexandre Silva. O projeto de caráter voluntário leva assistência de saúde e social para moradores das favelas da Rocinha e do Vidigal, elegíveis aos cuidados paliativos, na capital do Rio de Janeiro.

A Portaria GM/MS 3.681, de 7 de maio de 2024, institui a Política Nacional de Cuidados Paliativos – PNCP no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. O principal objetivo da política é garantir  a qualidade de vida dos pacientes, levando em consideração seus valores e sua história.

Para a Dra. Denise Silva de Araújo, representante do Ministério da Saúde, o diálogo entre Cofen e a pasta visa a excelência do atendimento “trazendo uma abordagem integral e humanizada, fundamentada em diretrizes, para aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas ou não em situações terminais ou não em qualquer etapa da vida. Estamos trabalhando juntos para que a Enfermagem assegure o respaldo e atue com segurança em cuidados paliativos e nas comunidades compassivas do Brasil, firmando esse apoio técnico para um avanço dentro do Conselho Federal de Enfermagem”, ressaltou Denise Araújo.    

Profissionais de Saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, etc., atuam conjuntamente, de forma integrada, com foco na pessoa e não apenas na doença. As equipes multiprofissionais no cuidado paliativo podem ter também a participação de filósofos, capelães e outros profissionais que contribuam para diminuir o sofrimento, com ciência, compaixão e compreensão, que é o cerne do cuidado.

Fonte: Ascom/Cofen com informações do Coren-RJ

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