Presidente do Cofen, Manoel Neri se reúne com ministro da Educação, Camilo Santana

Cofen mostrou o impacto negativo do EaD na saúde e na Enfermagem; MEC sinalizou soluções para o setor com novo marco regulatório até o fim do ano

12.12.2024

O presidente do Cofen, Manoel Neri, e o ministro da Educação, Camilo Santana

Em vias de anunciar um novo marco regulatório para o ensino a distância (EaD) no Brasil, o ministro da Educação Camilo Santana recebeu o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) Manoel Neri, nesta quarta-feira (11), para tratar sobre os detalhes finais da proposta que está sendo elaborada para frear o crescimento desordenado e sem fiscalização dessa modalidade de ensino.

“Saio desta reunião muito confiante com o que ouvi do ministro. Não posso dar mais detalhes agora, mas posso garantir que as posições do MEC convergem com as posições do Cofen e, se as indicações apresentadas a nós se concretizarem, vamos conseguir sanear os problemas que temos hoje”, disse o presidente do Cofen, Manoel Neri, que foi acompanhado pelas conselheiras federais Ana Paula Brandão e Ellen Peres.

Acompanhado da secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Marta Abramo, o ministro Camilo Santana reconheceu a Enfermagem como uma área sensível, prioritária e essencial ao país, uma vez que se trata de atividade profissional diretamente relacionada ao bem-estar e cuidado do ser humano.

“Estamos ouvindo o Cofen, pois a entidade fiscaliza os serviços de saúde e sabe o que acontece nesses polos. Vamos anunciar o novo marco regulatório do EaD ainda neste mês e, dentro dele, vamos resolver a questão da Enfermagem. Vamos ter um processo de transição e sanear o sistema de ensino, para garantir serviços de saúde de qualidade para os cidadãos brasileiros”, pontuou o ministro.

Para a conselheira do Cofen, Ellen Peres, na esteira das preocupações com o ensino distante, é necessário também voltar a atenção para a qualidade da educação presencial. “Não basta ser presencial, é necessário ter presencialidade. Como professora, percebo alunos chegando para a residência com uma formação insipiente. Atualmente, apenas 10% dos estudantes são provenientes de instituições públicas”, colocou.

“O ensino da Enfermagem precisa de uma solução definitiva. Não podemos permitir que instituições predatórias e sem qualidade técnica continuem atuando, sobretudo sem supervisão. A Enfermagem brasileira é respeitada em todo mundo, é uma riqueza do Brasil que deve ser preservada”, conclui a conselheira federal Ana Paula Brandão.

Neri anunciou que, ainda neste mês, o Cofen lançará um documentário mostrando o drama que o EaD representa na vida de estudantes que apostaram neste modelo de ensino e tiveram o sonho de conquistar uma profissão frustrado. “A baixa qualidade da educação pode comprometer o nosso futuro. O assunto não pode ser tratado como algo secundário. Vamos intensificar nossas ações e reverter esse panorama”, finaliza o presidente do Cofen.

Fonte: Ascom Cofen

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