Cofen participa de Congresso de Enfermagem no Paraguai

Representantes do Cofen apresentaram experiências brasileiras e o trabalho realizado pelos Conselhos de Enfermagem

11.05.2019

Gilney, conselheiro federal, representou o presidente do Cofen no Congresso

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) esteve presente no XIII Congresso Paraguaio de Enfermagem, realizado em Assunção (Paraguai), entre 9 e 12 de maio. Durante os quatro dias do evento, os representantes do Cofen falaram sobre os projetos e trabalhos desenvolvidos pelos Conselhos de Enfermagem para fortalecer a área e os profissionais do Brasil.

Representando o presidente Manoel Neri, o conselheiro Gilney Guerra falou da importância para o Cofen participar de um evento tão importante e realizado em um mês tão significativo – da independência do Paraguai e das comemorações em homenagem aos profissionais de Enfermagem. Gilney fez um convite aos participantes, em especial aos realizadores do evento, para participarem do 22º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), que este ano será realizado em Foz do Iguaçu, cidade vizinha do Paraguai.

“Lutamos pelo direito da saúde pública de excelência, pelo acesso universal à saúde e pela atenção integral ao indivíduo desde o seu nascimento até a morte, em todos os níveis de assistência (primária, secundária e terciária)”, afirmou Gilney no início de sua palestra.

Walkirio participou do painel “Vínculo na Formação Prática”

Guerra apresentou o cenário da Enfermagem brasileira e falou sobre as ações do Cofen. Chamou a atenção para o tamanho da categoria brasileira, que são mais de dois milhões de trabalhadores, e para o extenso número de cursos de graduação e o número de instituições públicas e privadas. Também falou da luta que o Sistema Cofen/Conselhos Regionais tem travado para coibir o ensino de graduação a distância, e para que sejam aprovadas antigas reivindicações e direitos dos profissionais que são as Leis que regulam o trabalho semanal em 30 horas e que fixa um piso nacional para toda categoria.

A Coordenadora da Comissão de Práticas Avançadas em Enfermagem, Elizabete Pimenta e uma das integrantes da comissão, Regina Diniz, fizeram um relato sobre o papel do enfermeiro na atenção primária e as potencialidades do trabalho desenvolvido pelos profissionais na busca pela ampliação das práticas avançadas. Fizeram um paralelo sobre o papel dos enfermeiros enquanto educadores, pesquisadores, assistencialistas e como líderes de equipe. A ênfase da palestra das duas enfermeiras foi sobre a liderança que os profissionais devem assumir no trabalho com as populações, na qualificação da equipe e na qualidade na atenção básica.

A responsabilidade das instituições de formação foi abordada pelo chefe do Departamento de Gestão do Exercício Profissional do Cofen, Walkyrio Almeida, que participou do painel “Vínculo na Formação Prática”, e tratou em sua palestra sobre a necessidade das escolas desenvolverem competências de habilidades que sejam direcionadas para a prática profissional e da responsabilidade de se preparar os futuros profissionais para que estejam aptos e seguros quando assumirem os procedimentos e ações da enfermagem, passando segurança para os seus pacientes.

A colaboradora do Cofen, enfermeira Fátima Sampaio, abordou em sua palestra o papel assumido pelo Cofen em relação as práticas avançadas e todo esforço que tem sido feito para fortalecer a modalidade no Brasil. Desde 2016, a área é discutida e pesquisada no âmbito da Comissão, criada para ampliar o debate. “A dimensão do trabalho praticado no país será dimensionada pela pesquisa que o Cofen está realizando com os nossos profissionais. Queremos conhecer todas as ações que estão sendo aplicadas”, explicou.

O impacto da implementação da Sistematização da Assistência da Enfermagem (SAE), foi apresentado na palestra de Marcelo Channes, que levou como exemplo, um case de um hospital brasileiro na implantação da SAE. “Vou apresentar para os participantes o quanto a SAE é positiva, e como consegue modificar os indicadores de qualidade e resgatar a auto identidade dos enfermeiros”, explicou Channes.

Ana Neri em 360º e as indumentárias da Enfermagem Brasileira – A Assessoria de Comunicação do Cofen e o Museu Nacional de Enfermagem (MuNEAN) levaram ao congresso, duas exposições que retratam a Enfermagem no Brasil. Com uma variedade de vestimentas, a “Indumentária do Cuidar: Símbolo de Identidade da Enfermagem Brasileira”, apresenta todos os uniformes usados pelas profissionais entre 1890 e 1942. A exposição evidência duas grandes profissionais, Anna Nery e Florence Nightingale, e fica exposta, permanentemente, no Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery, em Salvador (BA), mas já foi apresentada em vários eventos no Brasil e no mundo.

“Quando Nasce uma Heroína”, é um vídeo curta-metragem sobre Anna Nery, produzido com a técnica de 360º

A experiência em 360º, “Quando Nasce uma Heroína”, é um vídeo curta-metragem sobre Anna Nery, produzido com a técnica de 360º e se passa em uma tenda que mostra parte de um atendimento da enfermeira Anna Nery com um assistente, ao tratar de um soldado paraguaio (no caso, um adversário do Brasil, e que a patrona da enfermagem brasileira trata com o mesmo cuidado e carinho que tratou os soldados do país). A ambientação do vídeo remonta o ano de 1894, ano da Guerra do Paraguai, e todos os instrumentos utilizados pela Enfermagem naquela época. A heroína interage com o espectador que vê a experiência através de óculos em três dimensões (3D).

“Indumentária do Cuidar: Símbolo de Identidade da Enfermagem Brasileira”, apresenta todos os uniformes usados pela enfermagem entre 1890 e 1942

O vídeo já ganhou elogios de profissionais do cinema, e foi exposto em eventos nacionais sobre soluções inovadoras na área. Participou da mostra Curta Brasília, em novembro de 2018, do Curta2C, que ocorreu em abril desse ano, no Rio de Janeiro. Agora será apresentado no Festival Internacional de Curtas-Metragens Korca, mostra cultural de curtas-metragens nacionais e internacionais que ocorre desde 2010, e que este ano será de 02 a 06 de julho, na Albânia. Mais de 1000 filmes foram inscritos e o único filme brasileiro selecionado foi o VR Quando nasce uma Heroína. O filme está concorrendo na categoria VR, competindo com outros 04 filmes.

Também será apresentado na segunda edição do Festival Indie, do The South African Independent Film, Festival que ocorre no próximo dia 26 de maio, na Cidade do Cabo, África do Sul.

O Cofen produziu uma versão itinerante de “Quando nasce uma Heroína”, que foi apresentada pela primeira vez no Paraguai. A exposição vai agora percorrer todo o Brasil.

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