Cofen recebe organizações para discutir EaD

Cofen recebeu Federação de Enfermeiros e Associação Brasileira de Educação a Distância para discutir limites e potenciais da EaD

14.07.2016

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Cofen entende que a formação em Enfermagem exige conhecimentos e habilidades que só podem ser adquiridos em contato com os docentes e pacientes

A vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira, recebeu nesta quinta-feira (14/7) dirigentes da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) e da Federação Nacional de Enfermeiros (FNE) para discutir limites e potencialidades da modalidade.

Irene apresentou a situação encontrada pelos fiscais do Sistema Cofen/Conselhos Regionais na Operação EaD que, em visita aos pólos de apoio presencial dos cursos a distância, constaram condições precárias de oferta. Sem laboratórios, biblioteca ou condições mínimas de apoio, a maioria dos polos não conta sequer com convênios para a realização de atividades práticas e estágios obrigatórios.

“O Cofen entende que a formação de futuros profissionais de Enfermagem exige habilidades relacionais e conhecimentos teórico-práticos que não são adquiridos a distância”, reforçou a vice-presidente. O conselho reconhece as potencialidades da EaD na formação continuada e como ferramenta auxiliar, especialmente em matérias teóricas.

O diretor de inovação científica da Abed, João Mattar, afirmou que “o projeto dos cursos deve ser avaliado conforme as especificidades de cada área para definir a presencialidade mínima”, propondo diálogo com o Cofen para a definição de parâmetros.

Saturação do mercado – A saturação do mercado foi outro ponto abordado pelas entidades de Enfermagem. Metade das vagas nos 851 cursos presenciais de graduação em Enfermagem estão ociosas, e os 1,8 milhão de profissionais registrados no Brasil – entre enfermeiros, técnicos e auxiliares – já atendem e superam as necessidades das políticas de Saúde brasileiras. “A formação desordenada contribui para banalizar ainda mais a profissão”, afirmou a presidente da FNE, Solange Caetano.

Mobilização Nacional – Com ampla mobilização social e audiências públicas em todo o Brasil, a campanha pelo ensino presencial e de qualidade, realizada pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais, já conquistou importantes vitórias com a mobilização da sociedade, incluindo a aprovação do Decreto 8754/2016, que exige parecer do Conselho Nacional de Saúde para a abertura de cursos e ampliação de vagas de graduação em Enfermagem. Proposto pelo deputado Orlando Silva (PC do B – SP), por iniciativa do Cofen, o Projeto de Lei 2891/2015, que proíbe a graduação de enfermeiros e formação de técnicos de Enfermagem por ensino a distância, já recebeu parecer favorável na Comissão de Educação.

 

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