Comissão de Auxiliares e Técnicos realiza encontro no 24º CBCENF

Técnicos e auxiliares de Enfermagem são maioria, mas se sentem desvalorizados. Em encontro com fala aberta a todos, categoria debateu principais anseios

14.09.2022

Mesa redonda iniciou atividade ouvindo opinião dos congressistas

Invertendo a ordem tradicional de falas, o encontro promovido nesta quarta (14/9) pela Comissão Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Conatenf/Cofen), se iniciou com microfone aberto, ouvindo anseios e opiniões de todos os presentes. A atividade integra a programação do 24º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (24º CBCENF), em Fortaleza.

O coordenador da comissão, Jefferson Caproni, abriu o encontro com uma breve dinâmica, convidando participantes a amassarem um papel, fazendo uma bolinha. E, depois, a desamassarem. Para Caproni marcas deixados no papel são como a história de cada profissional. “Quando a gente amassa, estamos amassando nosso própria dignidade. Mas quando a gente reage a isso, a gente volta mais forte”, conclui, traçando um paralelo entre a história sofrida dos profissionais e suas lutas, como o Piso Salarial.

O anseio por valorização marcou as intervenções dos profissionais. “Não somos meros trocadores de fraldas. Somos a verdadeira linha de frente. Somos aqueles que estamos 24h beira-leito”, afirmou Mônica Cunharski, conselheira do Coren-RJ e integrante do MAE (Movimento de Ativistas da Enfermagem). Os profissionais de nível médio correspondem a quase 70% das equipes de Enfermagem.

Joseane Jacob, do Sindate-DF, a ressaltou a presença dos técnicos e auxiliares de Enfermagem desde o início da luta pelo Piso Salarial e a importância de manter a mobilização, potencializada pelo reconhecimento durante a pandemia. “A gente sempre foi herói, mas a sociedade só viu agora”, afirmou.

Participando pela primeira vez de um encontro no CBCENF, Agnaldo, do Acre, ressaltou o orgulho de ser técnico e a emoção da conquista do Piso. O risco de demissões e sobrecarga de equipe remanescente o preocupa, mas não desanima. “Por isso que eu respeito meu Coren, que é quem vai fazer valer a lei, com o dimensionamento. Nós temos limite de cuidado”, afirmou.

“Tenho orgulho de ser técnico. Com meu trabalho, formei dois filhos — um enfermeira e um médico” contou o profissional, que criticou o menosprezo aos profissionais de nível médio. “Nós não somos leigos. Nós queremos conhecimento técnico-científico, queremos continuar estudando”, afirmou.

As falas prosseguiram, seguidas de diálogo, até os participantes seguirem para a finalização das atividades do dia no congresso, quando os presidentes de todos os Conselhos de Enfermagem, reunidos, falaram sobre a mobilização pela efetiva implementação do Piso. “Somos interlocutores dos profissionais de nível médio junto ao plenário do Cofen, queremos, sobretudo, escutar a categoria”, afirmou Jefferson.

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