Condutores de ambulância denunciam ao Cofen irregularidades

Categoria pede apoio na elaboração de protocolo de transporte de pacientes

17.06.2015

Condutores de Ambulância querem apoio na elaboração de protocolo de transporte
Condutores de Ambulância querem apoio na elaboração de protocolo de transporte

Óbitos a caminho de hospitais, sem a presença de qualquer profissional de Saúde, são uma tragédia anunciada que faz parte da rotina dos condutores de ambulâncias em grande parte do Brasil. As denúncias incluem presença de vários pacientes em uma mesma ambulância e até o transporte, em ambulâncias humanas, de animais mortos, exigido por empresas privadas que prestam serviços às concessionárias de rodovias.

Representantes da Associação Brasileira dos Motoristas e Condutoras de Ambulâncias (ABRAMCA) estiveram nesta quarta-feira (17/6) na sede do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para denunciar irregularidades e pedir apoio do Cofen na elaboração de protocolo de transporte e estruturação de cursos de capacitação técnica.

A profissão de condutor de ambulância, reconhecida há um ano, exige nível fundamental e curso específico de transporte em emergência. “Não podemos invadir outras áreas de atuação profissional e nem colocar em risco a vida de pacientes, mas é isto que acontece quando obrigam a viajar sem nenhum profissional de Saúde”, afirmou o presidente da ABRAMCA, Alex Douglas. Acompanhado de representantes dos sindicatos em diversos Estados, ele expôs a precariedade da situação enfrentada pelos condutores, e os planos de capacitação futura.

O presidente do Cofen, Manoel Neri, ouviu as narrativas estarrecedoras, ressaltando a necessidade de regulamentação. “É fundamental definir o papel de cada profissional, sempre priorizando a perspectiva do paciente”, afirmou. O presidente pediu que a ABRAMCA encaminhe ofício ao Cofen, expondo a visão da categoria sobre a profissão de condutor e os desvios registrados. O documento será analisado para que o Cofen se pronuncie formalmente em um prazo de 60 dias.

A Resolução Cofen 375/2011 exige a presença de enfermeiro no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar. A normativa, que visa garantir a segurança dos pacientes, é frequentemente desrespeitada por empresas prestadoras dos serviços de ambulância, levando a embates na esfera judicial.

 

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