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Coren-MT realiza desagravo público em defesa de enfermeiras

Profissionais foram ofendidas por médico em Barra do Garças

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09.08.2022

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) realizou na sexta-feira (5), em Barra do Garças, o segundo desagravo público da história da Enfermagem no estado. A sessão solene foi realizada em apoio às enfermeiras Carla Roberta Silva Souza Antonio e Miúca Rodrigues de Melo Carvalho, ofendidas pelo médico Rafael Joviano Souza de Barros no exercício da profissão.

A sessão contou com a presença de profissionais da Enfermagem e de movimentos sociais. O evento foi realizado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Inicialmente, seria realizado no anfiteatro da Prefeitura de Barra do Garças, mas a gestão informou na véspera que o jurídico havia proibido a entrada dos profissionais para a realização do desagravo público.

Em seu discurso, Carla relembrou o que a motivou para denunciar a agressão verbal e que, mesmo com o apoio recebido, o caminho não foi fácil até chegar ao desagravo.

“Eu tive medo, de perseguições, de represálias e até de coisas piores. Mas nós, profissionais da Enfermagem, não podemos banalizar esse tipo de atitude. Quando me vi inserida em um contexto em que a prática de humilhações era feita de forma repetida, percebi que a denúncia poderia cessar essa situação”, contou ela emocionada.

A presidente do Coren-MT, Ligia Arfeli, enfatizou o compromisso do Conselho na defesa dos profissionais. “A atitude desse médico ofendeu toda a Enfermagem de Barra do Garças e de Mato Grosso. Não podíamos deixar de repudiar isso. Não iremos tolerar que os profissionais da Enfermagem sofram qualquer tipo de abuso em seu local de trabalho”.

O caso – O desagravo público é um instrumento para resguardar a dignidade do profissional, protegendo não apenas o ofendido, mas toda a categoria. O médico Rafael Joviano foi denunciado por condutas inapropriadas em dois momentos diferentes, em 2020 e 2021, quando agrediu verbalmente a equipe de Enfermagem.

Entre os termos pejorativos utilizados pelo médico estão “carniças incompetentes” e “poço de preguiça”. Além das expressões ofensivas, o médico gritou com as profissionais em meio a pacientes e outros servidores públicos.