Coren-RO faz balanço da operação de fiscalização com apoio da FNFIS

A operação superou os 100% de instituições planejadas. Foram realizadas quatro fiscalizações de primeira inspeção e nove fiscalizações

01.02.2021

As equipes passaram por 11 instituições de saúde da capital, detectando desde a falta de alguns medicamentos ao déficit de profissionais da Enfermagem para atender às demandas

Foi considerado produtivo o balanço das atividades de fiscalização realizadas em 11 instituições de saúde no enfretamento à Covid-19, rede de urgência e emergência e hospitalização da Rede de Saúde Mental, durante toda a última semana, em Porto Velho.

A ação foi coordenada pelo Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), com o apoio da Força Nacional de Fiscalização (FNFIS) do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A operação superou os 100% de instituições planejadas. Foram realizadas quatro fiscalizações de primeira inspeção e nove fiscalizações de retorno, e emitidos 12 termos de fiscalização para notificação das irregularidades identificadas.

As equipes fizeram o trabalho no Pronto Atendimento Ana Adelaide, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, na UPA Zona Sul, no Pronto Atendimento Jose Adelino da Silva, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Hospital João Paulo II, Hospital de Campanha de Rondônia, Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Hospital Infantil Cosme Damião, e Hospital de Base – onde a fiscalização foi de retorno e inspeção da Rede de Saúde Mental.

Durante a Fiscalização foram identificados significativos prejuízos à assistência em decorrência do quantitativo insuficiente de profissionais para uma assistência segura.

Recorrentes quedas de energia no João Paulo II e os profissionais usando lanternas de celulares para trabalhar

No Hospital de Campanha da Zona Leste, referência no tratamento à Covid-19, em uma das alas, oito pacientes em estado grave eram assistidos por um único enfermeiro e um técnico de Enfermagem.

O Hospital de Base também registra grande déficit de profissionais, em vários setores apenas um enfermeiro é responsável por aproximadamente 30 pacientes, ocorrendo plantões com apenas um técnico de Enfermagem para 19 pacientes.

No Pronto Atendimento Ana Adelaide, os leitos para atendimento a pacientes com Covid não contam com profissionais escalados especificamente o serviço, sendo assistidos por profissionais da observação.

Os prejuízos à assistência destacam o considerável déficit de profissionais e permeiam a falta de condições estruturais para um cuidado seguro e falta de insumos essenciais.

Durante a fiscalização no Hospital João Paulo II ocorreram recorrentes quedas de energia e a instituição não possui luz de emergência para iluminação temporária dos setores. Nesse cenário, os profissionais recorrem às lanternas dos celulares para executar os procedimentos nos pacientes.

As alas clínicas dos hospitais do estado estão sem oxímetro de pulso para monitorar a saturação de oxigênio dos pacientes. Em alguns setores do Hospital de Base, os profissionais precisam improvisar sonda vesical de demora e sonda nasoénterica com sonda de aspiração traqueal. A falta de insumos é recorrente nas demais instituições fiscalizadas.

Os profissionais ainda se deparam com a insuficiência de EPIs como máscaras cirúrgicas em alguns setores do Hospital de Base, Hospital João Paulo II, UPA Leste e Hospital de Campanha da Zona Leste. Nas demais instituições o fornecimento de máscaras cirúrgicas estão bem regradas.

Após as fiscalizações as instituições são acompanhadas individualmente em seus respectivos Processos Administrativos Disciplinares (PADs). Os relatórios das inspeções de retorno são encaminhados ao jurídico para as providências legais, assim como as fiscalizações de acompanhamento em unidades que já possuem Ação Civil Pública em andamento. Os relatórios também serão encaminhados aos demais órgãos de controle para conhecimento e acompanhamento.

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Federal de Enfermagem

SCLN Qd. 304, Lote 09, Bl. E, Asa Norte, Brasília – DF

61 3329-5800 | FAX 61 3329-5801


Horário de atendimento ao público

De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Contato dos Regionais