Curso de Enfermagem no Rio é interditado com suspeita de emitir diplomas inválidos

Delegacia do Consumidor vai indiciar responsáveis por estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha

07.06.2018

Curso Nutrix, no Centro do Rio, foi parcialmente interditado (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

No final do mês de maio, policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) interditaram parcialmente um curso de técnico de Enfermagem. Os policiais descobriram que, além de não ter autorização para funcionar, o estabelecimento também mantinha uma parceria ilegal com um colégio para emitir diplomas inválidos.

A ação fez parte da primeira fase da operação “Diploma Legal”. Durante a investigação a polícia constatou que a fraude envolvia o laboratório do Colégio João Lyra Filha e o curso Nutrix. Após interdição, os agentes conduziram à delegacia uma das pessoas responsáveis pelo curso. A unidade foi notificada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) e pela Secretaria de Educação (Seeduc).

Segundo a investigação, os alunos realizavam os estágios obrigatórios em hospitais públicos sem a supervisão do corpo docente, como determina a legislação. A polícia indiciou os responsáveis por estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A Decon vai investigar, ainda, a participação de mais pessoas e outras unidades de ensino na chamada “máfia dos diplomas”.

De acordo com a delegada Daniela Terra, titular da Decon, é fundamental que interessados em fazer um curso técnico procurem instituições reconhecidas. “Infelizmente é muito comum encontrarmos cursos não reconhecidos que fazem propaganda enganosa. E pior: não formam profissionais habilitados para suas funções, colocando em risco a vida e integridade física da população”, explicou.

A defesa do Nutrix afirmou que não havia oferta de um curso técnico, e sim um contrato de parceria para qualificação. No entanto, o contrato de parceria apreendido pela Polícia Civil, com data de 1 de junho de 2017, traz o seguinte texto:

“A Nutrix utilizará dependências do colégio para ministrar cursos técnicos e de especialização na área de saúde, podendo aproveitar as competências do colégio e concluindo o curso técnico em enfermagem, sendo diplomados pelo colégio”.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que a operação é emblemática no sentido de deixar claro para a sociedade que o estado não vai tolerar e combaterá firmemente qualquer iniciativa que venha lesar a população com cursos não registrados e irregulares.

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