Em audiência, Montes Claros/MG repudia formação EaD na Enfermagem

Audiências públicas realizadas em todo o Brasil reforçam apoio ao PL que proíbe graduação de enfermeiros e formação de técnicos de Enfermagem por EaD

06.04.2016

Conselheira federal Orlene Dias representou o Cofen
Conselheira federal Orlene Dias representou o Cofen na Audiência

Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (6/4) na Câmara dos Vereadores, a cidade mineira de Montes Claros aprovou por aclamação monção de repúdio à formação de enfermeiros e técnicos de Enfermagem na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Proposta pelo vereador Fernando Andrade, a pedido do Coren-MG e do Cofen, a audiência discutiu os potenciais benefícios e riscos à Saúde Coletiva da formação não-presencial.

Representando o Cofen, a conselheira federal Orlene Dias reforçou a importância do contato com pacientes na formação profissional. O Sistema Cofen/Conselhos Regionais entende que a EaD é insuficiente desenvolver as habilidades teórico-práticas exigida de profissionais que vão lidar diretamente com a vida humana.

Com participação da Santa Casa, representando os empregadores, e de todas as instituições locais de ensino presencial, a audiência se soma à ampla mobilização nacional contra a formação EaD de enfermeiros e técnicos de Enfermagem.

População
Instituições de ensino e empregadores veem com preocupação a formação EaD em Enfermagem

Mobilização Nacional – Audiências públicas vêm sendo realizadas em todo o Brasil com o objetivo de ampliar a discussão sobre a formação de profissionais de Enfermagem a distância e os riscos à Saúde Coletiva. Além do diálogo permanente com o Ministério da Educação (MEC), responsável pelo reconhecimento dos cursos, o Cofen atua no Congresso Nacional em defesa da formação presencial em Enfermagem. O conselho propôs o Projeto de Lei 2.891/2015, apresentado pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP), que proíbe a formação de enfermeiros e técnicos de Enfermagem por EaD.

Saturação da oferta – O Censo do Ensino Superior registra 160 mil vagas de graduação em Enfermagem, das quais 75 mil ociosas. Há no Brasil 2 milhões de profissionais de Enfermagem, número suficiente para atender as necessidades das atuais políticas de Saúde Coletiva. Apesar dos indícios de saturação, a modalidade EaD se expande rapidamente pelo Brasil, em função dos cursos reduzidos para os grandes grupos educacionais. Já são mais de 58 mil vagas, 90% delas ociosas.

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