Enfermagem goiana recebe capacitação sobre Zika vírus e microcefalia

O crescente número de casos de microcefalia ligados à Zika impulsionou a ação

18.12.2015

 

Zika Microcefalia (2)O crescente número de casos de microcefalia ligados à Zika impulsionou a ação para que a enfermagem esteja informada e atenta à condução de atendimento e preenchimento de fichas de notificação

Na última quinta-feira, 17 de dezembro, 155 profissionais da enfermagem goiana participaram da Capacitação em Zika Vírus e Microcefalia promovida pelo Coren-GO, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Associação Brasileira de Enfermagem seção Goiás (ABEn-GO) e Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg). O Regional percebendo que o agravo havia chegado nos estados vizinhos e também em Goiás, tomou a iniciativa de conclamar os profissionais de enfermagem para se capacitarem e estarem mais preparados para atender à população.

A conselheira Michelle da Costa Mata deu início à atividade incentivando a enfermagem a seguir os protocolos do Ministério da Saúde. “Acreditamos que cada profissional de enfermagem tem a responsabilidade de seguir as orientações de fontes oficiais, como os protocolos do Ministério da Saúde e os fluxos de atendimento estabelecidos pelas secretarias municipais de saúde”, disse. A diretora de Atenção à Saúde da SMS, enfermeira Patrícia Antunes, reforçou a importância dos profissionais sempre se atualizarem e garantiu ainda que o município de Goiânia tem buscado de todos os meios levar informações mais atualizadas.

A palestrante Juliana Brasiel apresentou um breve histórico da doença, que teve seu primeiro registro mundial em 1947. Mas, não existe até o momento um estudo aprofundado, tendo em vista que os casos até o momento eram isolados ou em países onde a vigilância epidemiológica não é atuante. “Outro agravante é que 80% dos casos de Zika são assintomáticos e, os sintomáticos são muito brandos, esses dois fatores dificultam até mesmo o diagnóstico”, explicou.

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Abordando a parte clínica, a palestrante Samira Mamed destacou a necessidade dos profissionais de saúde e, em especial, os de enfermagem tendo em vista seu contato próximo aos pacientes, estarem “sempre atualizados com relação às informações repassadas pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde”. Ela também explicou sobre a coleta de materiais tanto em mulheres gestantes com suspeita de terem Zika e dos recém-nascidos com microcefalia.

Já a Superintendente de Vigilância em Saúde da (SMS), a enfermeira Flúvia Amorim, foi enfática ao dizer “a única ferramenta segura que temos de reduzir casos de microcefalia é eliminar ou pelo menos controlar o vetor transmissor de Zika vírus, o mosquito Aedes aegypti”. Ela apontou que a mudança de comportamento deve fazer parte da vida dos brasileiros, e, principalmente dos profissionais de saúde.

Flúvia Amorim ainda ressaltou que a inexistência de dados e estudos sobre Zika vírus ligado à microcefalia exige o comprometimento da notificação e monitoramento dos casos. Ela afirmou que mesmos os pesquisadores têm mais dúvidas do que respostas. E que justamente, os dados de agora é que serão os objetos de estudo. “Não temos mais tempo para deixar a mudança de comportamento para depois. A hora é agora. Se não eliminarmos o transmissor e criadouros, e preencher as fichas de notificação teremos uma geração marcada por microcefálicos”, finalizou.

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