Enfermeiro cria projeto para orientar adolescentes sobre educação sexual

Ferramenta também abre o diálogo sobre dúvidas dos pais em como lidar com questões sexuais dos filhos

26.04.2019

A fim de esclarecer dúvidas sobre educação sexual a jovens e adolescentes, o enfermeiro e especialista em sexualidade humana, Vencelau Pantoja, criou uma ferramenta pelo aplicativo WhatsApp, chamado de “ZaPrevenção”. A iniciativa busca esclarecer dúvidas sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e orientar os interessados em casos de dúvidas.

Divulgado nas escolas, redes sociais e sociedade, de modo geral, o projeto teve início no Amapá, estado do enfermeiro. “Quero que seja uma ferramenta que extrapole as fronteiras. Minha ideia é expandir, como já recebi perguntas de fora do meu estado”, enfatizou Vencelau.

Além de orientar os jovens, Vencelau também está aberto a sanar dúvidas dos pais sobre como lidar com questões sexuais dos filhos. Seguindo as regras éticas, o atendimento via WhatsApp não é uma consulta, tampouco diagnóstico, mas uma forma anônima de ajudar o jovem em relação à educação sexual, encaminhando-o quanto à situação que ele está vivenciando.

Vencelau é enfermeiro e especialista em sexualidade humana

“É uma forma de quebrar uma barreira de comunicação e esclarecer, obedecendo os critérios éticos, as questões mais voltadas à saúde e com enfoque nos jovens”, observou Vencelau. O enfermeiro destaca, ainda, que as dúvidas mais frequentes são como evitar a gravidez, uso de contraceptivos, a identificação de IST e sobre as transformações que ocorrem na adolescência.

Criado há um ano, o aplicativo é usado, atualmente, de forma mais sistemática, com atendimento exclusivo e sem exposição de imagem.

Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Brasil é o país da América Latina que mais concentra casos de novas infecções por HIV: 49% das pessoas contaminadas, em 2016, eram brasileiras. O dado mais alarmante, entretanto, é que das 4.500 novas infecções pelo vírus HIV em adultos, 35% ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos.

Brasil e gravidez na adolescência – Dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) apontam que a taxa de gravidez adolescente no Brasil está acima da média latino-americana e caribenha. A taxa mundial é estimada em 46 nascimentos para cada 1 mil meninas de 15 a 19 anos, enquanto a taxa na América Latina e no Caribe é estimada em 65,5 nascimentos, superada apenas pela África Subsaariana. No Brasil, a taxa é de 68,4. Confira na íntegra relatório da OMS.

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