Enfermeiros docentes pernambucanos debatem qualidade da formação

Organizado pelo Coren-PE, evento teve participação da conselheira federal Dorisdaia Humerez

10.10.2017

Presidente reeleita do Coren-PE Marcleide Cavancanti abriu o evento

A Qualidade da Formação Profissional foi tema de conferências seguidas de debates entre docentes pernambucanos, nesta sexta-feira (6/10), em Recife. O encontro, promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PE) no âmbito do programa Ética para Todos, reuniu cerca de cem professores de Enfermagem e contou com palestras a conselheira federal Dorisdaia Humerez, coordenadora nacional da operação EaD, e das enfermeiras Aracele Cavalcanti, coordenadora de residência de Enfermagem do Hospital das Clínicas, e Suzana Costa, da Unifavip.

Avaliadora do Inep/MEC, conselheira Dorisdaia apresentou um panorama da situação dos cursos a distância de Enfermagem, verificada in loco pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais. Sem bibliotecas, laboratórios e docentes qualificados, muitos cursos não têm sequer convênios para a realização de estágios obrigatórios e atividades práticas.

Conselheira Dorisdaia Humerez denunciou a tercerização dos pólos de apoio presenciais

Tercerização – A conselheira denunciou, ainda, a tercerização dos pólos de apoio presencial, com ofertas pela internet alardeando a possibilidade de criação de pólos sem qualquer estrutura, bastando apenas duas salas. “Lutamos contra esta deterioração do ensino da Enfermagem. O curso exige estrutura, laboratórios e equipamentos de Saúde, que propiciem contato com o paciente ao longo da formação”, reforçou.

A discussão sobre qualidade do ensino é um pauta constante da atual gestão do Cofen (2015-2018). O Sistema Cofen/Conselhos Regionais lidera mobilização nacional pelo ensino presencial e de qualidade, com realização de campanhas de esclarecimento e audiências públicas em todo o Brasil. O conselho apoia o Projeto de Lei 2891/2015, que proíbe a graduação enfermeiros e a formação de técnicos de Enfermagem por EaD, e o Projeto de Lei 4930/2016, que cria exame de suficiência obrigatório para futuros profissionais.

A mobilização já começa a dá resultados, com a redução da oferta de vagas EaD para Enfermagem. Decreto torna obrigatória a emissão de parecer do Conselho Nacional de Saúde para a abertura de cursos de Enfermagem. O CNS recomenda que a formação de futuros profissionais seja presencial.

 

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